Carros elétricos poluem mais… apenas durante o seu
fabrico
Tal como nos combustíveis fósseis, é necessário
considerar as emissões das máquinas utilizadas na extração e os veículos
pesados utilizados nos transportes. Segundo dados do International Council on
Clean Transportation, a produção da bateria e do restante veículo elétrico produz, em média, o
dobro das emissões de CO2 quando comparada com a de um veículo a gasolina ou a
diesel. Este poderia ser o fim da discussão, se não considerássemos a
utilização dos veículos no dia-a-dia e as suas emissões de CO2.
Segundo um estudo da Federação Europeia de
Transportes e Ambiente, para carros vendidos em 2020, um carro carro elétrico
produz, em média, 90 gCO2e/km durante toda a sua vida útil. Este número
encontra-se muito abaixo da emissões de um carro com motor a gasóleo (234
gCO2e/km) e a gasolina (253 gCO2e/km). Estas emissões representam,
durante toda a vida útil do veículo, 20 toneladas para o carro elétrico, 53
toneladas para o carro a gasóleo e 57 toneladas para o carro a gasolina.
O que é que isto significa?
Com estes números, conseguimos constatar
que um carro elétrico, durante toda a sua vida útil, produz quase 3
vezes menos emissões de CO2 que um carro a combustão, seja ele a gasolina
ou a gasóleo. Com estes valores, calcula-se que os carros elétricos demorem
cerca de 2 anos a atingirem o mesmo número de emissões dos veículos a
combustão, recuperando assim a desvantagem inicial na sua produção, incluindo o
fabrico da bateria.
Os carros elétricos poluem mais no seu fim de vida?
Como foi anteriormente referido, outra das
questões que se prende com a poluição dos veículos elétricos é o destino
da bateria no fim de
vida do veículo. A sua reciclagem vai significar gastos e, assim, reduzir a
diferença existente entre as emissões destes veículos com os de combustão. No
entanto, há alternativas que poderão vir prevenir estas emissões e dar uma
outra vida às baterias.
Reutilização das baterias de lítio
As baterias que já não sejam eficientes num
veículo elétrico poderão vir a ter, em média, mais 10 anos de vida após saírem
do automóvel. Estas serão transformadas em baterias estacionárias, contribuindo
para uma gestão mais eficaz das redes elétricas. Isto traduz-se no carregamento segundo
a disponibilidade do melhor preço, o chamado smart charging, e também no
fornecimento de eletricidade à rede elétrica, invertendo o processo. Isto são
hipóteses que ainda estão a ser estudadas, existindo um projeto piloto em Porto
Santo, mas que poderão vir a tornar-se numa realidade num futuro muito próximo.
Os carros elétricos
poluem mais: o mito desfeito
Com estes dados disponíveis analisados,
conseguimos perceber que, apesar de os carros elétricos produzirem mais
emissões de CO2 durante o seu fabrico, essa poluição inicial é rapidamente
compensada pelo baixo número de emissões na sua utilização. Assim, apesar
de ainda haver a crença de que os carros elétricos poluem mais que
os veículos de combustão, esta crença está longe de ser verdade.
Os veículos elétricos continuam
a ser a opção mais viável para quem procura uma solução mais ecologicamente
sustentável para as suas deslocações.
NOTA: Este é um artigo que circula e que tem origem num importante fabricante de carros a nível mundial. Há muitos outros, que podem ser consultados.
Os números das emissões são-nos dados à exaustão para os carros, mas as emissões para o fabrico das baterias são vagamente o dobro!!!
Imaginemos a venda anual de milhões de carros, correndo atrás do prejuízo de 2 anos para se poderem comparar aos combustíveis fosseis. E à permanente construção de milhões de baterias, que um dia hão-de comparar-se aos combustíveis actuais.
Dizem-nos também que a reutilização das baterias, é uma hipotese que ainda está a ser estudada. Mas, ainda que sejam reutilizadas, chegará o dia em que terão de ser recicladas, o que faz aumentar de novo e de forma significativa, as emissões de CO2.
Este artigo, entre muitos outros diz-nos muito mais do que isso. Diz-nos por exemplo que a UE, e os restantes países, ou não fizeram o trabalho de casa, ou embarcaram alegremente nesta palhaçada. E quanto às ONG´s e organismos afins? Faz-nos levantar suspeições. Quando se resolve esmiuçar este assunto, verifica-se que nada é pacífico. A Alemanha é disso exemplo, com grande debate de opiniões pró e contra.
Finalmente, isto afecta uma grande parte da população do planeta. Não deveria ter sido ouvida, posta ao corrente com clareza? Isto é assunto para ser debatido apenas nos corredores do "poder"?