segunda-feira, dezembro 13, 2021

ALICE


 


Alice palmilha a vida na berma de todas as estradas

Escolhendo pedras por onde passa

Marcas silenciosas do seu ir e vir

Que só ela reconhece e não desvenda

Entre esse chão e as nuvens vagabundas

Há um mundo desatento, ruidoso, caótico

Que Alice conhece profundamente de conversas tidas

Com os pardais, andorinhas e principalmente beija flores

E o seu passo é firme, largo, com destino certo

Sem companhia, apenas ela e o mundo

Incessantemente costurando o futuro que sonhou

Apenas construir uma casa na montanha mais alta

Junto ao céu, com raízes profundas no grande oceano

Com pedras, nuvens, céu, e muito, muito mar. 

quarta-feira, dezembro 01, 2021

À LUPA




O que é que diferencia o Sars Cov-2 dos restantes vírus?

A sua letalidade? O seu nível de contágio? As redes sociais e a exaustão noticiária mundial?

Pessoalmente acho que o principal problema reside exactamente no que os países e as grandes multinacionais do ramo querem que ele seja. O volume de negócios e os montantes envolvidos são apetitosos para quem se dedica à tarefa de enfrentar esta crise.

Os governos na generalidade estão reféns das redes sociais e da opinião pública, mas de facto nenhum país vai conseguir aguentar do ponto de vista económico, mais nenhuma situação de encerramento ao exterior, de medidas de calamidade pública e de restrições ao seu normal funcionamento.

Este vírus como todos os outros veio para ficar, com um comportamento similar a todos os outros, e vamos ter de conviver serenamente com ele, sem pânico.

Ao compararmos com outros vírus e doenças, o que encontramos?

“A ameaça da gripe pandêmica está sempre presente”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “O risco contínuo de um novo vírus da influenza transmitindo de animais para humanos e potencialmente causando uma pandemia é real. A questão não é se teremos outra pandemia, mas quando. Precisamos estar vigilantes e preparados – o custo de um grande surto de gripe superará em muito o preço da prevenção”. A influenza continua sendo um dos maiores desafios de saúde pública do mundo. A cada ano, no mundo, estima-se que haja um bilhão de casos, dos quais de três a cinco milhões são casos graves, resultando em 290 mil a 650 mil mortes por doenças respiratórias relacionadas à influenza. A OMS recomenda a vacinação anual contra a gripe como a maneira mais eficaz de preveni-la. A vacinação é especialmente importante para as pessoas com maior risco de complicações graves causadas pela influenza e para os profissionais de saúde.

Segundo o relatório anual do Programa Global Contra a Malária da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado esta segunda-feira (30.11), poderá haver entre 19 mil e 100 mil mortes adicionais causadas pela malária. Isto se deve ao facto de a pandemia da Covid-19 ter interrompido entre 10% e 50% dos tratamentos daquela doença. "Morrerão mais pessoas [em África] de malária do que de Covid-19 até ao final de 2020", afirmou Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para África. 

Os novos dados mostram que a prevalência do VIH a nível mundial, ou seja, a percentagem de pessoas que vive com o VIH, estabilizou e que o número de novas infecções também diminuiu, graças, em parte, a programas de combate ao VIH realizados a nível mundial. Para além dos 33,2 milhões de pessoas que se calcula estarem a viver com o VIH em 2007, registaram-se 2,5 casos de novas infecções e 2,1 milhões de pessoas morreram em consequência da SIDA.  Mas, com mais de 6 800 novas infecções e mais de 5 700 mortes todos os dias devido à SIDA, temos de intensificar os nossos esforços, a fim de reduzir significativamente o impacto da SIDA a nível mundial".

E agora, qual é a nossa posição em relação ao Sars-Cov2? E apenas mostrei três exemplos de doenças que são contagiosas, graves e potencialmente letais.

A lucidez, manda que as pessoas se vacinem, que usem máscara e tenham cuidados de higiene, não só por causa do Covid, mas por causa de tudo o que é virus.


segunda-feira, novembro 29, 2021

"GERAÇÃO RASCA"


Desde 1969, que a minha preferência partidária se mantém a mesma. E manter-se-á no futuro. Posso dizer com absoluta convicção que não sou, nunca fui e nunca serei simpatizante do PSD.

Rui Rio venceu a luta interna e terminou com a carreira política de Rangel. Tudo em ordem, portanto?

Nem por isso. A começar por Rangel e seguindo-se os apaniguados do costume, começaram a surgir as opiniões bastante idiotas destes senhores.

A melhor delas todas veio do próprio Rangel, logo seguida pelos seus fervorosos adeptos: "parabéns a Rui Rio, vou regressar ao meu lugarzinho do Parlamento Europeu, e parabéns ao PSD que agora tem finalmente um lider legitimado" .

Mas afinal Rui Rio era presidente do PSD de forma ilegítima? E o PSD sabia disso? Precisava de ser legitimado?

Na verdade, cansa ver a mesma manobra política repetida à exaustão. Vamos lá deixar este palhaço, governar este PSD entre eleições e na hora certa vai para a rua e surge um novo messias.

Estamos a viver tempos difíceis. Há gente, muita gente mentalmente alcoólica, que se propõe tomar conta dos destinos de um país, e não é só cá. Os exemplos abundam: Boris Johnson, Biden (que já anunciou que se vai recandidatar, se na altura ainda se lembrar), o inefável Venturinha que faria de Portugal uma sucursal da Alemanha nazi, Stoltemberg que cada vez que fala diz asneiras, Marta Temido que de uma assentada criou milhares de inimigos, que não esquecerão dê ela as desculpas que der.

Isto vai mudar, tem de mudar. As pessoas capazes têm de conseguir dar a cara e acabar com a influência das redes sociais, tão do agrado destes medíocres. A única coisa que me apetece dizer-lhes é que vão dar banho ao cão.

segunda-feira, novembro 15, 2021

terça-feira, novembro 09, 2021

segunda-feira, novembro 08, 2021

ENGANOS

 


Esta foto apareceu com o título "consequências das alterações climáticas"

Pede-se muito pouco aos jornalistas hoje em dia. Mas pelo menos deve exigir-se que não digam asneiras. Tiraram a carteira como? Que exigências lhes são pedidas? Que cultura geral é avaliada.
Companheiros escribas, as alterações climáticas poderão até ser ampliadas por esta situação, mas a isto chama-se poluição. Lixo puro e duro. E encantem-se porque não foram porcos nem outras espécies não racionais. Fomos, somos todos nós que depois disto vamos fazer manifestações de protesto para o COP 26.
Façam a vossa parte.


sexta-feira, novembro 05, 2021

QUERIDA EUROPA

( O peso dos impostos e contribuições sociais na economia portuguesa subiu para 35.4%. Apesar de ter atingido o valor mais alto desde 1995, a carga fiscal em portugal continua a ser inferior à média europeia)



A sociedade europeia caminha com passadas largas para a sua destruição.

Os orçamentos dos estados são sempre deficitários, e a dívida aumenta sistemáticamente.

Por outro lado, ou se calhar por causa disso, a pressão fiscal é alucinante. Paga-se imposto por tudo. Quem lá vive sabe que as cartas das finanças são quase diárias. Sobre as classes médias e mais desfavorecidas, claro. As empresas com todas as suas deduções e mordomias estatais quase não pagam impostos. E mesmo assim, quando o lucro diminui deslocalizam-se e vão escravizar outros povos. A invenção de novos impostos é feita quase diáriamente. Até já se paga um IMI diferente e mais pesado se a nossa casa estiver mais virada ao sol que as outras. Virá o dia em que teremos que pagar para respirar. Ou não.

Acresce a isto que há funcionários publicos  a mais, um emprego em cada cinco. Ineficientes, sempre em greve para obter mais e mais.

É o neoliberalismo no seu melhor, em rota de colisão. Vai explodir e toda a gente sabe disso.

TOO GOOD TO GO


Básicamente é uma segunda oportunidade para os restos de comida nos restaurantes.

Começou em 2015 na Dinamarca e actualmente estende-se a 17 países e quase cem milhões de refeições salvas por ano.

Colateralmente há uma diminuição de emissão de 250 mil toneladas de Co2.

Não há de facto o perigo de fome no mundo por escassez de alimentos. O que há é enormes desperdícios, que finalmente começam a ser orientados e partilhados.

quarta-feira, novembro 03, 2021

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Ainda tenho reservas sobre tudo o que diga repeito a aquecimento global, destinos catastróficos, extinção das espécies, etc.

De um lado temos ambientalistas, ONG´s e afins, cientistas, proclamando o fim do mundo, na maior parte das vezes dogmáticos, atirando com o aumento de 2 graus centigrados para tudo quanto é lado.

Do outro lado da barricada há também muito boa gente, afirmando que tudo isto se trata de mais um ciclo de aquecimento / arrefecimento do planeta. Na verdade o aquecimento global é uma hipotese fornecida por modelos teóricos baseando-se em relações primárias que anunciam um aumento de temperatura, nem sempre confirmado. São numerosas as contradiçoes entre as previsões e os factos climáticos observados directamente. A ignorância destas distorções flagrantes constitui uma impostura cientifica. Nos anos 70 verificou-se um desvio climático que os modelos não previram. Traduziu-se sobretudo pela violência e irregularidade do tempo e foi provocado pela modificação do modo de circulação geral da atmosfera. O problema fundamental não é prever o clima em 2100. Deve-se antes determinar as causas deste desiquilibrio recente. O que predomina no debate actual e o falseia é que as alterações climáticas são um tema da climatologia, tratadas como se fossem do ambiente. Em anexo ao da poluição, que tem sido um excelente alibi moral. ( Marcel Leroux )

E é este o ponto da situação actual, agravado pelas constantes lutas e trocas de mimos entre os dois exércitos. Mas, há uma ideia base comum a todos, virtualmente a todos os cientistas, pseudo-cientistas, pessoas comuns, ambientalistas. Independentemente de qual facção tenha razão, temos que fazer muito mais para não agravar as condições ambientais. Ainda que este seja um ciclo natural, não pode nem deve ser sobrecarregado com a nossa imbecil maneira de viver. Portanto parece que de uma forma ou outra estamos todos de acordo e não basta preservar as florestas e os mangais. Pode até servir de bandeira mas é totalmente insuficiente. 

Lembremos apenas alguns dos problemas: produção de quantidades incomensuráveis de metano a partir da criação superintensiva de gados. Colateralmente o abate das floresta tem pouco a ver com madeireiros. Serve apenas para ter terreno para plantações imensas de soja para alimentar esses gados. E que dizer dos lençóis freáticos contaminados pelos supermatadouros desse mesmo gado? E que tal resolver a pesca intensiva de arrasto de fundo, ou de redes de malhas proibidas. E quanto ao cultivo intensivo de peixe? E quanto aos carros eléctricos? Alguém já explicou que no final das contas não se ganha quase nada em termos de poluição? E quanto aos milhões de aviões que habitam os nossos céus permanentemente, descarregando excesso de Co2 a cada segundo que passa? E quanto ao uso descontrolado do "streaming"? E quanto ao redimensionamento das cidades onde vivemos? E quanto aos plásticos e lixos descontrolados? E quanto à distribuição equitativa de água e energias alternativas? Por esta pequena amostra dos problemas, se percebe que o nosso estilo de vida tem de mudar radicalmente, mesmo em termos alimentares. 

E aqui surge o conceito de desenvolvimento sustentável: Crescimento sustentável, é básicamente atender e melhorar as necessidades da actual geração sem comprometer as necessidades das gerações futuras. É uma política de equilibrio, que permite não esgotar os recursos. Fácil de dizer.

Tenho ouvido muitos debates e quase todos muito pobres, parcelares com visões enviesadas e domésticas dos problemas. Ontem vi um desses programas. Prácticamente só disseram trivialidades, mas alguém lançou uma ideia genial, e é assim que o mundo pula e avança. Nenhum governo vai conseguir resolver os problemas se não tiver a população envolvida activamente, e portanto como princípio deve-se fazer um esforço nesse sentido. Mas o melhor mesmo era que os ministérios da educação por esse mundo fora, tornassem obrigatório curricularmente e no ensino médio, 100 horas anuais de trabalho comunitário. Que melhor maneira de olhar para as desigualdades sociais e todos os problemas subjacentes. E a malta nova é voluntariosa, dedicada. Na verdade eles são o nosso futuro, se lhes dermos oportunidade disso.

Porque não vamos poder esperar pelos acordos de Paris, ou pelo COP 26 ou seja lá pelo que for. 


sexta-feira, outubro 29, 2021

quinta-feira, outubro 28, 2021

COSTURAR FUTUROS

 



Há sonhos e projectos, os mais diversos

Que não merecem o exilio

Que não merecem a infelicidade calada do esquecimento

Devia ser possível costurar os seus futuros

Cerzi-los com a linha do horizonte

Poupá-los à humilhação de um qualquer purgatório.

 

quarta-feira, outubro 27, 2021

terça-feira, outubro 26, 2021

Paulina Chiziane vence Prémio Camões 2021


Há quem nasça, vá para a escola, liceu, universidade. Há quem nasça e não tenha nada disso.
Há quem nasça, vá para a escola, liceu, universidade, e não tenha o menor talento. Há quem nasça e teime em aprender a ler sabe-se lá como, e a sua força de vontade e o seu incomensurável talento fazem o resto.
Paulina Chiziane, moçambicana, merece muito o Prémio Camões 2021.

quarta-feira, outubro 13, 2021

ALICERCES DO MUNDO

 


Neste planeta, publica-se um livro a cada dois minutos, 30 livros por hora, 720 por dia, 21600 por mês, 259.200 por ano.

Há uma impossibilidade física para qualquer cidadão, ainda que leia incessantemente, de abarcar todo o conhecimento produzido. Há portanto uma ignorância massiva em relação ao que a humanidade produz.

Pior do que isso, não há como reverter tal problema. Pessoalmente, contento-me com a pequena parte que me toca. Talvez assim, consiga colocar uma pequenina pedra nos alicerces do mundo.

quinta-feira, outubro 07, 2021

LAMBARENA

 




A música é uma fusão de Bach e música tradicional africana (arranjada por Pierre Akendengue e Hughes de Courson).
Não é a maior obra prima da música, mas na minha opinião faz parte do top ten. Tal como todas as obras inesquecíveis, daqui a quinhentos anos continuará a ser maravilhosa.

quarta-feira, outubro 06, 2021

"ICONOCLASTAS" E IGNORANTES


Esta imbecil, de seu nome Leila Lakel, parisiense, estudante da Escola de Artes, resolveu visitar Portugal com o fim aparentemente único de vandalizar o Padrão dos Descobrimentos. Conseguiu fazer-se notada. Fica para a História como mais um pedaço de lixo para varrer para debaixo do tapete.

Dois excertos do extraordinário livro de Irene Valejo, "O infinito num junco", para esclarecer os ignorantes que acham que queimar livros ou alterá-los, para que sejam mais políticamente correctos, vai alterar o curso da História. De uma assentada mostram a sua imperdoável ignorância, e a sua estrutura mental profundamente racista. Explodir os Budas, alterar obras primas, incendiar bibliotecas, querer danificar os monumentos dos Descobrimentos, é um acto ciclíco ao longo da História quase sempre alicercados em ignorantes, bárbaros a quem a cultura não diz nada e mostra-nos que há ainda um longo caminho a percorrer. 

"Falemos por um momento de si, que lê estas linhas. Neste momento, com o livro aberto entre mãos, dedica-se a uma actividade misteriosa e inquietante, embora o hábito o impeça de se surpreender com aquilo que faz. Pense bem. Está em silêncio, a percorrer com o olhar filas de letras que fazem sentido para si e lhe comunicam ideias independentes do mundo que o rodeia neste momento. Retirou-se, para dizê-lo de alguma forma, para uma divisão interior onde lhe falam pessoas ausentes, fantasmas visíveis apenas para si e onde o tempo passa ao ritmo do seu interesse ou entendimento. Criou uma realidade paralela, uma realidade que só depende de si. Você pode, em qualquer momento, afastar os olhos destes parágrafos e voltar a participar na acção e no movimento do mundo exterior. Mas, entretanto, permanece à margem, onde escolheu estar. Há uma aura quase mágica em tudo isso." 

" No caso da antiga Jugoslávia, arrasar o passado era uma finalidade de ódio étnico. Desde 1992 até ao fim da guerra, 188 bibliotecas e arquivos sofreram ataques. Um melancólico relatório da Comissão de Especialistas das Nações Unidas estabeleceu que na ex-Jugoslávia houve uma « destruição intencional de bens culturais que não se pode justificar por necessidade militar». Juan Goytisolo, que viajou à capital bósnia respondendo ao chamamento de Susan Sontag, escreveu no seu caderno de Sarajevo: « Quando a Biblioteca ardeu, fruto do ódio estéril dos lançadores de misseis foi pior do que a morte. A raiva e a dor daqueles instantes perseguir-me-ão até ao tumulo. O objectivo dos sitiadores - varrer a substância histórica desta terra para montar sobre ela um templo de patranhas, lendas e mitos - feriu-nos profundamente.»

terça-feira, outubro 05, 2021

TINTIM E ASTERIX



No Canadá, foram queimados em diversas escolas, livros do Tintim e Asterix por alegadas ofensas contra indigenas.

Tal como a palavra "nigger", foi retirada dos livros de Mark Twain.

Eu não chamaria a esta gente de iconoclastas, quando são apenas o máximo da burrice humana metidos a intelectuais. Não compreendem que a História é o que é, com todos os seus erros e virtudes e a vã tentativa de apagar esses erros, ainda os torna mais visíveis.

Que diria Leonard Cohen se fosse vivo? Provávelmente não diria nada e pediria para mudar de nacionalidade, já que se sentiria envergonhado de ser canadiano.

Vivemos tempos miseráveis, em que o que conta é a visibilidade mediática a qualquer preço, e em que as redes sociais exibem a real quantidade de idiotas por esse mundo fora, porque não é só no Canadá que as coisas acontecem e não é só agora. A Biblioteca de Alexandria foi destruida pelas mesmas razões. Ao longo dos séculos isto foi acontecendo recorrentemente, apenas com menos visibilidade do que agora.

A ignorancia e a burrice, actualmente e de forma progressiva, tem vindo a tornar-se moda e um modo de estar na vida muito conceituado. Até quando?

quinta-feira, setembro 30, 2021

NÃO SEI

 


Não sei onde pára João Rendeiro, foragido da justiça portuguesa, condenado a vários anos de prisão.

Não sei o que leva este foragido, a dizer nas redes sociais que se sente indignado, depois de ter sido indiciado, julgado e condenado por vários crimes, após ter esgotado todos os recursos que utilizou dentro do que a lei prevê.

Não sei o que leva o advogado dele a dizer que o dito foragido, saíu livremente do país e que não cometeu qualquer crime.

Não sei a quantas anda a justiça portuguesa, que apesar dos indícios não impediu a fuga.

Sei, que espero fervorosamente que ele seja apanhado e extraditado, e que no regresso lhe seja agravada a pena.


quarta-feira, setembro 22, 2021

A VERDADE NUA E CRUA






É uma fábula o que tu nos contaste

Disse com desprezo o pastor paul (tribo do Senegal)

-Sim, respondeu o caçador de crocodilos

Mas uma fábula que todo o mundo repete parece muito com a verdade. 

VIDA




Algumas das minhas paixões têm a ver com cinema e música e livros.

Da minha vida, retenho filmes que me tocaram: Platoon, Star Wars, Blade Runner, Apocalipse Now, todos os filmes com Tom Hanks. À procura de Forrester com o lendário Sean Connery. Por razões interiores aquele de mais gosto chama-se Sleepless in Seatle.

Muitos mais fariam parte da lista, apenas evoco aqueles que me tocaram mais profundamente.

Quanto à música é outra história. Eu acho que como para todos a minha vida teve fases: muito jovem, adolescência, idade adulta, e nessas diferentes fases fui gostando de coisas diferentes.

Mas o que ficou para sempre, independentemente das fases?

Roberto Carlos o eterno rei. Chico Buarque, Caetano Veloso. Purple Rain a melhor música jamais escrita.

Toda a obra dos Beatles, com destaque para o maior albúm da história da música: Sgt. Pepper.

Wish you were here dos Pink Floyd. 

Sérgio Godinho e Rui Veloso. Concerto de Colónia de Keith Jarret. Al di Meola,  Paco de Lucia, John Mc Laughlin. Santana, Buena Vista Social Club, Mercedes de Sosa, Brigada Vitor Jara.

Clair de lune de Debussy. 

Sem livros a minha vida seria muito pobre. Sem o Memorial do Convento, ou os cem anos de solidão. Sem Pablo Neruda, Chico Buarque, Alejo Carpentier, Eça. Sem Agostinho Neto, Joaquim Pessoa., Luandino Vieira. Sem o Infinito num junco de Irene Valejo tudo seria diferente.

Tanto no cinema, como na música, como nos livros, há um mundo infinito povoado de estrelas. Apenas me referi aqueles que me tocaram para sempre. E sei, que me esqueci de muitos mais. 





quarta-feira, setembro 15, 2021

OVNIS


Toda a vida, foi para mim ponto assente, que há vida inteligente lá fora. Sem questionar.

Quando tinha vinte anos, eu e um companheiro, assistimos ao que nos parecia um ovni sobre as nossas cabeças. Ficará para sempre a dúvida, uma vez que na altura não havia telemoveis.

O que me deixa perplexo é a enorme quantidade gente que posta fotografias e vídeos de encontros mais ou menos imediatos. Há séries de televisão com cientistas conceituados, que interpretam todos esses vídeos. Estudam profundamente esta questão, vão aos lugares em todo o planeta, fazem extrapolações com locais como Stonehenge, Avesbury, a área 51, etc, e até ao momento não conseguiram dar uma resposta cabal.

O que me deixa ainda mais perplexo, é que havendo milhões de filmagens e fotografias por esse mundo fora, aliadas a uma tecnologia de imagem muito avançada, ninguém até ao momento mostrou com nitidez, preto no branco o que esses objectos são. Apenas imagens difusas permanentemente questionáveis.

Acredito que haverá qualquer razão para isso, mas acredito muito mais que há vida lá fora.

terça-feira, setembro 07, 2021

DIAS CINZENTOS

 

Não gosto de dias madrugando cinzentos

Nem de ausências inesperadas

Não gosto de perder tempo

Nem de conversas inacabadas

Não  gosto  de noites sem estrelas

Sem rumo, sem brilho, sem nada

 

Gosto de caminhantes decididos

De um quarto longe do mundo

Gosto da pedra estalando ao sol

E de amores incondicionais, sem fundo

quarta-feira, setembro 01, 2021

MÁSCARAS

 

A epidemia de Covid, se alguma coisa teve de positivo, foi a oportunidade de podermos fazer um salto civilizacional. Na verdade, é preciso entender porque é que este ano prácticamente não houve surtos de gripe. Apenas pelo uso reiterado e continuado da máscara facial.
Os povos orientais há muito que a utilizam por rotina e por consideração por quem os rodeia.
Finda esta pandemia, seria de enorme ajuda continuar a usá-la sempre que necessário, mesmo que seja uma simples gripe. Este é verdadeiramente um passo colectivo, do interesse de todos nós.

quinta-feira, agosto 26, 2021

TEM DIAS SEMEADOS

 



 

Tem dias semeados no meio de todos os outros

Diferentes, sente-se o coração bater compassado

E as palavras gravam-se no silêncio impiedoso das pedras

Fáceis, sensuais, tomando o jeito da criação

Cada dia desses vale pela vida inteira e mais além

Onde as auroras boreais dançam nos confins do céu

Somos verdadeiramente nós e somos os outros

Num tempo de compartilhar as viagens da vida

Realmente conhecer o presente e sonhar adiante

Sem medo porque não há infinito sem linha de horizonte

E  as estrelas não têm peso, meros vagalumes pulsando

Tem dias semeados no meio de todos os outros

Tão diferentes, que os alicerces da vida, se aprumam

Enterrados firmemente no solo de todas as primaveras

 

 

 

 

terça-feira, agosto 17, 2021

O PAÍS DOS HOMENS LIVRES


Pomposamente assim se intitulam os habitantes dos EUA. Seria bom se fosse verdade e se o "american way of life" fosse algo do qual se pudessem orgulhar.

Quem lá vive não tem qualquer apoio em termos sociais. Não estuda se não tiver dinheiro ou alguma bolsa para o efeito.

Em matéria de assistência na doença, não tem da parte do estado qualquer ajuda. Ou tem seguros bem volumosos, ou vai parar a um hospital de indigentes. Há alguns anos, durante uma conferência (já não me lembro sobre o quê), fui visitar a Cleveland Clinic. Um verdadeiro luxo tanto em termos de atendimento, como em termos tecnológicos. No mesmo dia fomos brindados com uma visita ao hospital dos Veteranos. Foi difícil de acreditar que estava no mesmo país. O hospital em causa, nem no terceiro mundo estaria bem.

Não se percebe, pelo menos para um europeu, que a única tentativa de criar algo que se assemelhasse a um Serviço Nacional de Saúde (Obamacare), tenha fracassado até aos dias de hoje.

Todos sabemos, até porque isso é retratado à exaustão em inúmeros filmes, que os pais têm que ter um excelente seguro dentário, e que têm de poupar para enviar os filhos para a faculdade.

Todos sabemos dos milhões de desempregados que existem, num número tendencialmente progressivo, na “maior economia do mundo”.

Também todos sabemos, que a indústria, tecnologia e o conhecimento no geral é feito através de gente não americana que vem das mais diversas partes do mundo.

A única coisa genuinamente americana, é a insensatez de acharem que têm que policiar o mundo, inventando guerras “de libertação”, atrás de guerras, “oferecendo” democracias em países que não são o seu . É preciso alimentar a indústria militar. Aquilo que não dizem é que nunca ganharam qualquer guerra. Uma apenas. Coreia, Vietnam, Síria, Líbia, Afeganistão, Somália, Iraque. Nem mesmo em Cuba conseguiram qualquer resultado com as constantes sanções aplicadas. Do confronto com a América Latina, até ao momento ganharam apenas mais inimigos. Onde foram, saíram sempre pela porta baixa sem nenhum orgulho, além daquele de terem destruído aquilo que não lhes pertence.

E, nem sequer a “guerra” contra os carteis de droga, tem mostrado resultados positivos. Literalmente é o país onde o consumo de drogas é mais alto.

Em tempo de direitos humanos, porque é que ninguém fala do extermínio da Nação India? E da guerra norte-sul, que ainda hoje continua mais viva que nunca? Em pleno século XXI, as diferentes raças que lá vivem, enfrentam problemas sérios de direitos e de segurança.

Que moral tem essa gente, para se atrever a intrometer-se na vida de outros povos? Poderão sentir-se livres, mas é estranho para quem está do lado de fora, e como dizia Amália, que estranha forma de vida.

sexta-feira, agosto 13, 2021

PERNAS PARA QUE TE QUERO. GOOD MORNING VIETNAM


Numa altura em que os talibãs já conquistaram pelo menos dez províncias afegãs e se aproximam da capital, Cabul, 
a embaixada norte-americana no Afeganistão está a instar os seus cidadãos para que abandonem “imediatamente” o país, aconselhando a “utilização das opções de voo comercial disponíveis” e a não dependerem de voos realizados pelo Governo dos Estados Unidos.

Em comunicado publicado esta quinta-feira, a embaixada apela aos norte-americanos que não puderem comprar um bilhete de avião ou que estejam a aguardar por um visto de imigrante para um cônjuge ou filho menor para que contactem os diplomatas dos EUA no país a fim de obterem “um empréstimo de repatriação”. A embaixada refere ainda que, devido à crescente violência e ameaças que levaram a uma redução de pessoal, a sua capacidade para assistir os cidadãos residentes no país do Médio Oriente é “extremamente limitada”.

Quem se lembra do filme da fuga dos americanos no Vietnam? Isto é apenas mais do mesmo. Mais uma guerra que não conseguiram ganhar, independentemente do mal que causaram ao povo afegão.

quarta-feira, agosto 11, 2021

DELÍRIO

 



No fim da terra

Existem espantos e alucinações sem nome

Uma lamina de ar atravessa o espaço

Quando a madrugada explode nos teus olhos

E depois se perde numa estrada deserta

Junto a mim, na berma da terra

A estrada de leite preenche os céus em redor

Conto e observo as estrelas que contam para mim

Enquanto uma estrela cadente me cai aos pés

No vazio, já com um pé para lá da berma

Sinto estalar os ossos de uma antiga estrela

Enquanto tu te aninhas assustada nos meus braços

Quando os cavalos do tempo passam à desfilada

Deliberadamente atravesso o vazio  para lá da berma

No horizonte há sóis jorrando enormes cascatas de luz

Grito de espanto e murmuro “dá-me a mão, anda comigo”

Que esta viagem só consigo fazê-la contigo.


terça-feira, agosto 10, 2021

TERNURA

 



Que coisa mais ternurenta, o nosso querido André, ultradireitista e neonazi a rezar pelo bem do país.
A burrice desta gente não tem limites. O pessoal de Vila Real que se cuide, porque não tarda têm a KKK à porta. Mas, disto tudo tira-se alguma coisa de útil. Eles próprios vão dando ideias de como as coisas se fazem. Pessoal das vacinas, bora lá.
Quanto ao resto do pessoal, já o disse e repito. Se mantiverem esta situação, um dia vamos todos de ter de ir para a rua, para os colocar no devido lugar. A Vila Real é que já não volto de certeza absoluta. Tal como com o Covid, esta coisa tem ar de ser contagiosa.



sexta-feira, agosto 06, 2021

quinta-feira, agosto 05, 2021

SABEDORIA




“O caçador que persegue um elefante não se detém para jogar pedras nos pássaros” (provérbio africano)


"Um tigre não tem que proclamar a sua ferocidade" (provérbio africano")

PRAGMATISMO


Sou fervoroso adepto da teoria do caos, o mesmo é dizer, tento adaptar-me e ser pragmático sempre que a situação surge.

O mesmo acontece em relação ao conhecimento. Vida é conhecimento em constante evolução e eu tento acompanhar todos os dias, os novos conhecimentos que nos chegam.

Tudo isto para dizer que sendo ecologista, continuo sendo pragmático.

Sempre me confundiu que organizações ecologistas, como o Greenpeace por exemplo, baseiem as suas actuações em dados pré-estabelecidos e não os questionem. Estamos habituados a ouvir dizer que a libertação de Co2 provoca efeito de estufa e que a poluição humana é responsável por tudo quanto está a acontecer. Somos bombardeados todos os dias, com novas directrizes (carros eléctricos até 2035, diminuição acelerada da pegada carbónica), e quase nunca nos questionamos sobre a bondade destas directrizes.

No entanto, e já aqui o referi há muita discussão sobre libertação de CO2 e os carros eléctricos. A situação não é muito clara ainda, mas pessoalmente acho que vamos ganhar quase nada.

Por outro lado, como é possível falar em diminuir a pegada carbónica, e ao mesmo tempo permitir que os países comprem quotas de carbono? Alguma coisa vai mal neste nosso reino.

Finalmente, gente muito respeitada vem a público dizer que a contribuição do ser humano para a poluição representa menos de um por cento, que os dados sobre aquecimento global, degelos, furacões e alterações climáticas é apenas um ciclo igual a tantos outros na história da Terra.

Essas mesmas pessoas, não enjeitam os males da poluição principalmente urbana, e são fervorosos defensores de uma vida nova autosustentável, cuidando dos nossos recursos. Menos poluição, menos desbaratamento das nossas florestas, menos capturas maciças na pesca, meno aquacultura intensiva, menos criação intensiva de gados, menos contaminação dos lençóis freáticos, menos streaming, etc.

Parece-me ouvidas ambas as partes, que estes cientistas têm razão. Há um mundo oculto de negócios por trás destas alterações climáticas. Quanto a mim, continuo a ler aquilo que vale a pena ler, tentando escrutinar através deste nevoeiro que alguns querem que pareça denso.

quinta-feira, julho 29, 2021

IT'S TIME TO UPRISING



Carros elétricos poluem mais… apenas durante o seu fabrico

 Tal como nos combustíveis fósseis, é necessário considerar as emissões das máquinas utilizadas na extração e os veículos pesados utilizados nos transportes. Segundo dados do International Council on Clean Transportation, a produção da bateria e do restante veículo elétrico produz, em média, o dobro das emissões de CO2 quando comparada com a de um veículo a gasolina ou a diesel. Este poderia ser o fim da discussão, se não considerássemos a utilização dos veículos no dia-a-dia e as suas emissões de CO2. 

 Segundo um estudo da Federação Europeia de Transportes e Ambiente, para carros vendidos em 2020, um carro carro elétrico produz, em média, 90 gCO2e/km durante toda a sua vida útil. Este número encontra-se muito abaixo da emissões de um carro com motor a gasóleo (234 gCO2e/km) e a gasolina (253 gCO2e/km).  Estas emissões representam, durante toda a vida útil do veículo, 20 toneladas para o carro elétrico, 53 toneladas para o carro a gasóleo e 57 toneladas para o carro a gasolina. 

 O que é que isto significa?

 Com estes números, conseguimos constatar que um carro elétrico, durante toda a sua vida útil, produz quase 3 vezes menos emissões de CO2 que um carro a combustão, seja ele a gasolina ou a gasóleo. Com estes valores, calcula-se que os carros elétricos demorem cerca de 2 anos a atingirem o mesmo número de emissões dos veículos a combustão, recuperando assim a desvantagem inicial na sua produção, incluindo o fabrico da bateria.

 Os carros elétricos poluem mais no seu fim de vida?

 Como foi anteriormente referido, outra das questões que se prende com a poluição dos veículos elétricos é o destino da bateria no fim de vida do veículo. A sua reciclagem vai significar gastos e, assim, reduzir a diferença existente entre as emissões destes veículos com os de combustão. No entanto, há alternativas que poderão vir prevenir estas emissões e dar uma outra vida às baterias.

Reutilização das baterias de lítio

 As baterias que já não sejam eficientes num veículo elétrico poderão vir a ter, em média, mais 10 anos de vida após saírem do automóvel. Estas serão transformadas em baterias estacionárias, contribuindo para uma gestão mais eficaz das redes elétricas. Isto traduz-se no carregamento segundo a disponibilidade do melhor preço, o chamado smart charging, e também no fornecimento de eletricidade à rede elétrica, invertendo o processo. Isto são hipóteses que ainda estão a ser estudadas, existindo um projeto piloto em Porto Santo, mas que poderão vir a tornar-se numa realidade num futuro muito próximo.

 Os carros elétricos poluem mais: o mito desfeito

 Com estes dados disponíveis analisados, conseguimos perceber que, apesar de os carros elétricos produzirem mais emissões de CO2 durante o seu fabrico, essa poluição inicial é rapidamente compensada pelo baixo número de emissões na sua utilização. Assim, apesar de ainda haver a crença de que os carros elétricos poluem mais que os veículos de combustão, esta crença está longe de ser verdade. Os veículos elétricos continuam a ser a opção mais viável para quem procura uma solução mais ecologicamente sustentável para as suas deslocações.


NOTA: Este é um artigo que circula e que tem origem num importante fabricante de carros a nível mundial. Há muitos outros, que podem ser consultados.

Os números das emissões são-nos dados à exaustão para os carros, mas as emissões para o fabrico das baterias são vagamente o dobro!!!

Imaginemos a venda anual de milhões de carros, correndo atrás do prejuízo de 2 anos para se poderem comparar aos combustíveis fosseis. E à permanente construção de milhões de baterias, que um dia hão-de comparar-se aos combustíveis actuais.

Dizem-nos também que a reutilização das baterias, é uma hipotese que ainda está a ser estudada. Mas, ainda que sejam reutilizadas, chegará o dia em que terão de ser recicladas, o que faz aumentar de novo e de forma significativa, as emissões de CO2.

Este artigo, entre muitos outros diz-nos muito mais do que isso. Diz-nos por exemplo que a UE, e os restantes países, ou não fizeram o trabalho de casa, ou embarcaram alegremente nesta palhaçada. E quanto às ONG´s e organismos afins? Faz-nos levantar suspeições. Quando se resolve esmiuçar este assunto, verifica-se que nada é pacífico. A Alemanha é disso exemplo, com grande debate de opiniões pró e contra.

Finalmente, isto afecta uma grande parte da população do planeta. Não deveria ter sido ouvida, posta ao corrente com clareza? Isto é assunto para ser debatido apenas nos corredores do "poder"?

 

  

terça-feira, julho 27, 2021

BOLSONARO RUA!



É a número dois do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e deputada no parlamento alemão desde 2017. Mas Beatrix von Storch é mais do que isso, e no Brasil o seu encontro com o presidente do país, Jair Bolsonaro, está a causar muita polémica.

Acontece que a parlamentar é neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk, que serviu como ministro das Finanças durante todo o período de Adolf Hitler no poder. De resto, o homem entrou antes do ditador, e saiu já depois de este ter morrido. O encontro entre Beatrix von Storch e Jair Bolsonaro foi uma "oportunidade para a AfD conquistar aliados", nomeadamente "políticos conservadores, partidos e líderes de opinião".

Em uma conversa de uma hora, pude discutir com o presidente a situação das nossas duas nações. Fiquei profundamente impressionada com a compreensão do presidente pelos problemas da Europa e pelos desafios políticos do nosso tempo", acrescentou, vincando a luta do presidente brasileiro contra o crime.

Este encontro faz sentido, na ótica da deputada, para combater a "esquerda internacional", que se une através de movimentos como Fridays for Future, Black Lives Matter, LGBTQI ou Antifa, referiu a alemã.

segunda-feira, julho 26, 2021

OTELO


Inexorávelmente, todos partiremos um dia.

Inexorávelmente também, a esmagadora maioria, incluindo fascistas, reaccionários, atrasados mentais e outros semelhantes, não deixarão nenhuma marca que dure mais de quinze dias.

Apesar da azia, da estupidez e da falta de ideias, a direita reaccionária, fascista, neo nazi, está num frenesim pela morte de Otelo.

O que eles também sabem mas não conseguem expressar, é que Otelo nunca será esquecido nas páginas da História, por mais que rasguem compendios e vociferem nas redes sociais.

O que eles também compreendem, mas não ousam dizer, é que a liberdade de que usufruem hoje, e que lhes dá o direito momentaneo de dizer todas as diatribes, se deve aos Capitães de Abril.

O que eles sabem, mas não têm coragem de dizer, é que Otelo, Salgueiro Maia e mais alguns poucos, se foram das leis da morte libertando. Esses fascistas abjectos, reaccionários, neo nazis, vão a caminho do oblívio e nada poderão fazer para o evitar

quinta-feira, julho 22, 2021

CAPITÂ CLOROQUINA

 





Com base em documentos obtidos pela Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) que investiga as ações e omissões do Governo brasileiro na pandemia, o G1 divulgou na noite de terça-feira informações sobre um e-mail enviado por Mayra Pinheiro, conhecida como 'capitã cloroquina', no qual se colocou à disposição para partilhar conhecimentos sobre o chamado 'tratamento precoce' com o Governo de Portugal, em janeiro passado.

"Diante das informações sobre o elevado número de casos e desfechos clínicos desfavoráveis da covid-19 em território português, e na qualidade de cidadã portuguesa e de Secretária Nacional do Ministério da Saúde [do Brasil], coloco-me à disposição para contribuir com compartilhamento da nossa experiência em atendimento precoce no combate à doença", escreveu a médica.

Mayra Pinheiro está a ser investigada no Brasil por recomendar o uso destas substâncias sem eficácia comprovada contra o vírus SARS-Cov-2 e é suspeita de ter ignorado informações sobre a crise de oxigénio que levou dezenas de pacientes à morte em Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas.

Num depoimento à CPI da pandemia em maio passado, Mayra Pinheiro assegurou que "centenas" de estudos científicos atestam a eficácia da cloroquina para reduzir a virulência da covid-19 sem nomear estes trabalhos e defendeu que este e outros medicamentos foram 'criminalizados' por opiniões políticas dos cientistas.

A governante também argumentou no depoimento à CPI da pandemia que os estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições globais sobre a cloroquina, que não comprovaram sua eficácia, "têm uma qualidade metodológica questionável" e, portanto, afirmou que as autoridades brasileiras não têm a "obrigação" de assumi-los como válidos.

SEM COMENTÁRIOS. GENTE BURRA NÃO MERECE.

quarta-feira, julho 21, 2021

DEUS DAS ESTRELAS

 




                            O Deus das estrelas sabe o meu nome

                            Sabe dos caminhos, das distâncias e dos sons ausentes

                            Emprenho a vida, de palavras e amigos

                            E no fim respiro exausto  e adormeço nos teus dedos

                            Que dizer das aves enraizadas nas palavras

                            No ensaio de voos que me despenteiam os cabelos

                            E me acordam em tantas madrugadas

                            Quando o ar me atravessa como uma lamina de gelo

                            E o rio que há em mim, desperta devagar

                            Tudo, porque o Deus das estrelas sabe o meu nome