No fim da terra
Existem espantos e alucinações sem nome
Uma lamina de ar atravessa o espaço
Quando a madrugada explode nos teus olhos
E depois se perde numa estrada deserta
Junto a mim, na berma da terra
A estrada de leite preenche os céus em redor
Conto e observo as estrelas que contam para mim
Enquanto uma estrela cadente me cai aos pés
No vazio, já com um pé para lá da berma
Sinto estalar os ossos de uma antiga estrela
Enquanto tu te aninhas assustada nos meus braços
Quando os cavalos do tempo passam à desfilada
Deliberadamente atravesso o vazio para lá da berma
No horizonte há sóis jorrando enormes cascatas de luz
Grito de espanto e murmuro “dá-me a mão, anda comigo”
Que esta viagem só consigo fazê-la contigo.
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