segunda-feira, dezembro 13, 2021

ALICE


 


Alice palmilha a vida na berma de todas as estradas

Escolhendo pedras por onde passa

Marcas silenciosas do seu ir e vir

Que só ela reconhece e não desvenda

Entre esse chão e as nuvens vagabundas

Há um mundo desatento, ruidoso, caótico

Que Alice conhece profundamente de conversas tidas

Com os pardais, andorinhas e principalmente beija flores

E o seu passo é firme, largo, com destino certo

Sem companhia, apenas ela e o mundo

Incessantemente costurando o futuro que sonhou

Apenas construir uma casa na montanha mais alta

Junto ao céu, com raízes profundas no grande oceano

Com pedras, nuvens, céu, e muito, muito mar. 

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