Respiro devagar, nem o silêncio se desabotoa
Nem sequer percorre as
palavras e os sons ausentes
Respiro muito para além
disso, do óbvio e mundano
Posso caminhar sem
bússolas, as pernas respondem
Ignoro distâncias e
tempos, percebo o caos interior
Fotografias coloridas a
preto e branco, sucedem-se
Com os meus dedos de
afecto afago os seus cabelos
Como se uma solidão
repentina respirasse ao meu lado
Sinto-me sem peso, sem
mágoas, apenas flutuando
Respirando muito para
além do sufoco das multidões
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