quinta-feira, julho 29, 2021

IT'S TIME TO UPRISING



Carros elétricos poluem mais… apenas durante o seu fabrico

 Tal como nos combustíveis fósseis, é necessário considerar as emissões das máquinas utilizadas na extração e os veículos pesados utilizados nos transportes. Segundo dados do International Council on Clean Transportation, a produção da bateria e do restante veículo elétrico produz, em média, o dobro das emissões de CO2 quando comparada com a de um veículo a gasolina ou a diesel. Este poderia ser o fim da discussão, se não considerássemos a utilização dos veículos no dia-a-dia e as suas emissões de CO2. 

 Segundo um estudo da Federação Europeia de Transportes e Ambiente, para carros vendidos em 2020, um carro carro elétrico produz, em média, 90 gCO2e/km durante toda a sua vida útil. Este número encontra-se muito abaixo da emissões de um carro com motor a gasóleo (234 gCO2e/km) e a gasolina (253 gCO2e/km).  Estas emissões representam, durante toda a vida útil do veículo, 20 toneladas para o carro elétrico, 53 toneladas para o carro a gasóleo e 57 toneladas para o carro a gasolina. 

 O que é que isto significa?

 Com estes números, conseguimos constatar que um carro elétrico, durante toda a sua vida útil, produz quase 3 vezes menos emissões de CO2 que um carro a combustão, seja ele a gasolina ou a gasóleo. Com estes valores, calcula-se que os carros elétricos demorem cerca de 2 anos a atingirem o mesmo número de emissões dos veículos a combustão, recuperando assim a desvantagem inicial na sua produção, incluindo o fabrico da bateria.

 Os carros elétricos poluem mais no seu fim de vida?

 Como foi anteriormente referido, outra das questões que se prende com a poluição dos veículos elétricos é o destino da bateria no fim de vida do veículo. A sua reciclagem vai significar gastos e, assim, reduzir a diferença existente entre as emissões destes veículos com os de combustão. No entanto, há alternativas que poderão vir prevenir estas emissões e dar uma outra vida às baterias.

Reutilização das baterias de lítio

 As baterias que já não sejam eficientes num veículo elétrico poderão vir a ter, em média, mais 10 anos de vida após saírem do automóvel. Estas serão transformadas em baterias estacionárias, contribuindo para uma gestão mais eficaz das redes elétricas. Isto traduz-se no carregamento segundo a disponibilidade do melhor preço, o chamado smart charging, e também no fornecimento de eletricidade à rede elétrica, invertendo o processo. Isto são hipóteses que ainda estão a ser estudadas, existindo um projeto piloto em Porto Santo, mas que poderão vir a tornar-se numa realidade num futuro muito próximo.

 Os carros elétricos poluem mais: o mito desfeito

 Com estes dados disponíveis analisados, conseguimos perceber que, apesar de os carros elétricos produzirem mais emissões de CO2 durante o seu fabrico, essa poluição inicial é rapidamente compensada pelo baixo número de emissões na sua utilização. Assim, apesar de ainda haver a crença de que os carros elétricos poluem mais que os veículos de combustão, esta crença está longe de ser verdade. Os veículos elétricos continuam a ser a opção mais viável para quem procura uma solução mais ecologicamente sustentável para as suas deslocações.


NOTA: Este é um artigo que circula e que tem origem num importante fabricante de carros a nível mundial. Há muitos outros, que podem ser consultados.

Os números das emissões são-nos dados à exaustão para os carros, mas as emissões para o fabrico das baterias são vagamente o dobro!!!

Imaginemos a venda anual de milhões de carros, correndo atrás do prejuízo de 2 anos para se poderem comparar aos combustíveis fosseis. E à permanente construção de milhões de baterias, que um dia hão-de comparar-se aos combustíveis actuais.

Dizem-nos também que a reutilização das baterias, é uma hipotese que ainda está a ser estudada. Mas, ainda que sejam reutilizadas, chegará o dia em que terão de ser recicladas, o que faz aumentar de novo e de forma significativa, as emissões de CO2.

Este artigo, entre muitos outros diz-nos muito mais do que isso. Diz-nos por exemplo que a UE, e os restantes países, ou não fizeram o trabalho de casa, ou embarcaram alegremente nesta palhaçada. E quanto às ONG´s e organismos afins? Faz-nos levantar suspeições. Quando se resolve esmiuçar este assunto, verifica-se que nada é pacífico. A Alemanha é disso exemplo, com grande debate de opiniões pró e contra.

Finalmente, isto afecta uma grande parte da população do planeta. Não deveria ter sido ouvida, posta ao corrente com clareza? Isto é assunto para ser debatido apenas nos corredores do "poder"?

 

  

terça-feira, julho 27, 2021

BOLSONARO RUA!



É a número dois do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e deputada no parlamento alemão desde 2017. Mas Beatrix von Storch é mais do que isso, e no Brasil o seu encontro com o presidente do país, Jair Bolsonaro, está a causar muita polémica.

Acontece que a parlamentar é neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk, que serviu como ministro das Finanças durante todo o período de Adolf Hitler no poder. De resto, o homem entrou antes do ditador, e saiu já depois de este ter morrido. O encontro entre Beatrix von Storch e Jair Bolsonaro foi uma "oportunidade para a AfD conquistar aliados", nomeadamente "políticos conservadores, partidos e líderes de opinião".

Em uma conversa de uma hora, pude discutir com o presidente a situação das nossas duas nações. Fiquei profundamente impressionada com a compreensão do presidente pelos problemas da Europa e pelos desafios políticos do nosso tempo", acrescentou, vincando a luta do presidente brasileiro contra o crime.

Este encontro faz sentido, na ótica da deputada, para combater a "esquerda internacional", que se une através de movimentos como Fridays for Future, Black Lives Matter, LGBTQI ou Antifa, referiu a alemã.

segunda-feira, julho 26, 2021

OTELO


Inexorávelmente, todos partiremos um dia.

Inexorávelmente também, a esmagadora maioria, incluindo fascistas, reaccionários, atrasados mentais e outros semelhantes, não deixarão nenhuma marca que dure mais de quinze dias.

Apesar da azia, da estupidez e da falta de ideias, a direita reaccionária, fascista, neo nazi, está num frenesim pela morte de Otelo.

O que eles também sabem mas não conseguem expressar, é que Otelo nunca será esquecido nas páginas da História, por mais que rasguem compendios e vociferem nas redes sociais.

O que eles também compreendem, mas não ousam dizer, é que a liberdade de que usufruem hoje, e que lhes dá o direito momentaneo de dizer todas as diatribes, se deve aos Capitães de Abril.

O que eles sabem, mas não têm coragem de dizer, é que Otelo, Salgueiro Maia e mais alguns poucos, se foram das leis da morte libertando. Esses fascistas abjectos, reaccionários, neo nazis, vão a caminho do oblívio e nada poderão fazer para o evitar

quinta-feira, julho 22, 2021

CAPITÂ CLOROQUINA

 





Com base em documentos obtidos pela Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) que investiga as ações e omissões do Governo brasileiro na pandemia, o G1 divulgou na noite de terça-feira informações sobre um e-mail enviado por Mayra Pinheiro, conhecida como 'capitã cloroquina', no qual se colocou à disposição para partilhar conhecimentos sobre o chamado 'tratamento precoce' com o Governo de Portugal, em janeiro passado.

"Diante das informações sobre o elevado número de casos e desfechos clínicos desfavoráveis da covid-19 em território português, e na qualidade de cidadã portuguesa e de Secretária Nacional do Ministério da Saúde [do Brasil], coloco-me à disposição para contribuir com compartilhamento da nossa experiência em atendimento precoce no combate à doença", escreveu a médica.

Mayra Pinheiro está a ser investigada no Brasil por recomendar o uso destas substâncias sem eficácia comprovada contra o vírus SARS-Cov-2 e é suspeita de ter ignorado informações sobre a crise de oxigénio que levou dezenas de pacientes à morte em Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas.

Num depoimento à CPI da pandemia em maio passado, Mayra Pinheiro assegurou que "centenas" de estudos científicos atestam a eficácia da cloroquina para reduzir a virulência da covid-19 sem nomear estes trabalhos e defendeu que este e outros medicamentos foram 'criminalizados' por opiniões políticas dos cientistas.

A governante também argumentou no depoimento à CPI da pandemia que os estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições globais sobre a cloroquina, que não comprovaram sua eficácia, "têm uma qualidade metodológica questionável" e, portanto, afirmou que as autoridades brasileiras não têm a "obrigação" de assumi-los como válidos.

SEM COMENTÁRIOS. GENTE BURRA NÃO MERECE.

quarta-feira, julho 21, 2021

DEUS DAS ESTRELAS

 




                            O Deus das estrelas sabe o meu nome

                            Sabe dos caminhos, das distâncias e dos sons ausentes

                            Emprenho a vida, de palavras e amigos

                            E no fim respiro exausto  e adormeço nos teus dedos

                            Que dizer das aves enraizadas nas palavras

                            No ensaio de voos que me despenteiam os cabelos

                            E me acordam em tantas madrugadas

                            Quando o ar me atravessa como uma lamina de gelo

                            E o rio que há em mim, desperta devagar

                            Tudo, porque o Deus das estrelas sabe o meu nome

terça-feira, julho 20, 2021

PEQUENA AMOSTRA



Em 2035, vai ser proibido vender automóveis, movidos a combustível fóssil! E com força de lei.

Pronto, estamos todos bem. As alterações climáticas vão desaparecer por obra e graça desta santa medida.

Ela é má? Claro que não. Mas não me enganem que eu não gosto.

E os desmatamentos? E a pesca exaustiva de todas as espécies? Já me esquecia, a União Europeia já deu autorização para consumo de gafanhotos na dieta alimentar.

E a produção brutal de carne bovina e de outros animais? E a consequente contaminação dos lencóis freáticos? E o facto da floresta amazónica começar a ter um comportamento estranho?

E a produção maciça de pescado em jaulas marinhas? E as praias da costa chilena que apresentam níveis de poluição brutais à conta disso?

Pode sempre dizer-se que isso fica muito longe. A verdade é que fica no quarto ao lado, nesta pequena casa única vagabundeando no espaço. E a queima constante de combustível fóssil nas grandes empresas mundiais?

E as reciclagens? Já alguém pensou que reciclar se calhar polui mais, do que não o fazer?

E o gozo que dá saber que as espécies se vão extinguindo a uma velocidade alucinante?

E o "streaming"? Já alguém elucidou o que aconteceu durante esta pandemia?

Apenas uma pequena amostra do que nos andam a enganar, infelizmente quem faz isto também se está a enganar. 

Mas, que em 2035 já não há circulação com combustívei fosseis na UE, isso é verdade. Se nessa altura ainda houver UE.  

quarta-feira, julho 14, 2021

SEM PALAVRAS


São Paulo - Economist - Considerada a revista legitimamente representante do liberalismo económico, afirma que uma eventual eleição de Jair Bolsonaro poderia colocar em risco a própria sobrevivência da democracia no maior país da América Latina. Mais do que isso, a publicação, lançada este mês, afirma que o candidato é uma ameaça para o Brasil e para a América Latina.

A publicação semanal, lida no mundo todo por um público considerado de "alto nível", começa citando o ditado popular "Deus é brasileiro", título de um filme de Cacá Diegues, para dizer na sequência que "hoje em dia os brasileiros devem se perguntar se, como divindade do filme, Deus saíu de férias". A economia é um desastre, as finanças públicas estão sob pressão e a política está completamente podre. O crime de rua está aumentando. Sete cidades brasileiras estão entre as 20 mais violentas do mundo.

No artigo intitulado "Jair Bolsonaro, a mais recente ameaça da América Latina", a revista pondera que as eleições nacionais de Outubro, dão ao Brasil a chance de começar de novo. Porém destaca também a "autoflagelação e corrupção da elite" que toma conta do país.

quinta-feira, julho 08, 2021

ADN


O ser humano não está formatado para viver em harmonia com o meio ambiente. De inúmeras maneiras, todos, mas literalmente todos atentamos de uma maneira ou de outra contra o meio que nos rodeia. As lareiras deviam ser proibidas, mas haverá sempre alguém que vai acender a sua, com um qualquer argumento válido. Quem abate árvores ainda que com quota estabelecida, vai tentar abater mais uma ou duas, que ninguém vai notar. Quem desperdiça água, ou a armazena desnecessariamente, argumenta que tem as suas contas em dia, e que paga o que consome.

Haverá sempre gente que se acha mais importante, e que pensa que pode fintar a lei. Claro, que pode fintá-la, mas não fintará de certeza a natureza. Dividir a sociedade em ricos, pobres e remediados só agrava o problema. Os ricos querem ser mais ricos, os remediados querem subir de escalão e os pobres querem ser algo mais. E, de facto a solução parece simples. Usar os recursos desta nossa casa em benefício de todos.

Quanto mais escalamos o problema maior ele se torna. Se imaginarmos o fim da corrida aos armamentos, os mercados mundiais deixando de se guerrear entre si, povos estendendo os seus benefícios  a  outros povos, compartilhar para além das fronteiras artificiais, talvez fosse possível enfrentarmos o cataclismo que se avizinha.

Como é que de repente surgiram os veículos movidos a energia alternativa? Porquê neste momento? De repente descobriu-se esta tecnologia? É claro que não. Enquanto puderam foram usando combustíveis fosseis, sabendo do mal que estavam a causar, apesar de terem esta alternativa na gaveta. Apenas o lucro fácil das multinacionais, usando e abusando deste capitalismo global e selvagem. E com a conivência dos governos.

Poderia repetir-me até à exaustão em exemplos do que estamos a fazer ao planeta.

Todos, literalmente todos somos culpados.

Sou um profundo descrente da espécie humana. Tenho um sentimento enraizado de que não vamos conseguir. Nem as novas gerações. E se por um qualquer acaso, no fim de tudo ainda sobrarem algumas pessoas, é fatal que a história se repita.

O ADN humano, a nossa matriz é provavelmente alienígena.

 

 

 

 

RESPIRAÇÃO



Respiro devagar, nem o silêncio se desabotoa

Nem sequer percorre as palavras e os sons ausentes

Respiro muito para além disso, do óbvio e mundano

Posso caminhar sem bússolas, as pernas respondem

Ignoro distâncias e tempos, percebo o caos interior

Fotografias coloridas a preto e branco, sucedem-se

Com os meus dedos de afecto afago os seus cabelos

Como se uma solidão repentina respirasse ao meu lado

Sinto-me sem peso, sem mágoas, apenas flutuando

Respirando muito para além do sufoco das multidões

 

LIVROS PARA QUE VOS QUERO!


A estatística tem as suas curvas e contracurvas.
Quanto a livros como estamos? A média de leitura, é um indicador preciso do estado de desenvolvimento de um povo.  

O meu pai dizia que quando a média de galinhas consumidas por ano, era de duas por habitante, os ricos comiam quatro e os pobres zero. Ele, professor, dava-nos um óptimo exemplo de calcular médias, tendo cuidado com os resultados apresentados.

Agora consigo perceber a quantidade incomensurável de idiotices e asneiras que pululam diáriamente nas redes sociais.

A sociedade no geral sofre de elevados níveis de iliteracia crónica, e não se vislumbra que vá melhorar.

Esperar para ver. Essas contas estão feitas e a média mundial parece ser de 10. Pelo que se pode observar como informação credível, os portugueses lêm em média 1 a 3 livros por ano. No Brasil a média é de 1.3. Nos EUA é de 2 a 4.

Alguém, em qualquer canto anda a ler muito, pelos outros todos. E óbviamente nos países citados a esmagadora maioria lê nada. Podem até dizer-me que os livros estão caros, o que é verdade. Mas, quem quiser ler de verdade, tem ao seu dispor bibliotecas por tudo quanto é lado. E os livros emprestam-se, divulgam-se e por vezes retornam ao dono.

Percebo agora a quantidade de idiotices e pensamentos inúteis que pululam nas redes sociais. Percebo também que aquilo que vai levar à extinção da espécie humana, não são as alterações climáticas, nem um qualquer cataclismo cósmico. Será apenas a burrice, a ignorância derivadas desta tremenda e global iliteracia.

 

sexta-feira, julho 02, 2021

BEIJOS

 



Ninguém ouve a sombra carregada de pele

Ninguém reconhece insónias gravadas em carvão

Nem a palidez dos silêncios incapazes de ruídos

Já restam muitos poucos beijos

De tantos que andavam por aí sem destino

Inúteis na beira de tantos caminhos desconhecidos

Palavras silenciosas, irrepetíveis, nascendo do nada

Já não há quem dance boleros no meio da estrada

Os vestidos de cetim azul já não rodopiam ao luar

Talvez num canto escondido alguém cante as águas de março

Talvez alguém se decida a plantar beijos nas terras férteis

E os espalhe nas encruzilhadas dos caminhos de cada um