Caminho na cidade de rostos vazios
Dos beirais gotejam palavras sem sentido
Cruzo avenidas de silêncios e gentes
Sem rumos nem destinos anunciados
Os céus escondem-se em farrapos de poluição
Há muito que as árvores secaram seivas
E todos os pássaros voaram para azuis distantes
Edifícios vazios arranham as alturas cinzentas
E já nenhum poeta constrói sonhos
Já ninguém constrói absolutamente nada
Ninguém mais habita a casa da palavra
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