O João e a Sara piraram-se para uma vida nova.
A Sara, em estado de choque, parece que já recuperou. Nem podia ser de outra maneira. O Lobito é uma cidade fantástica e aos poucos vai aprender a gostar de lá estar. Vai conhecer a praia morena, o velho liceu junto à praia, o porta-aviões, o Sombrero, a Caotinha, a Baía Azul e, espero eu, as anharas sem fim que vão dar ao Cubal. Nunca viu um imbondeiro senão em fotografias.
Está na altura de travar conhecimento com eles!
Pode ser que dentro em breve falemos todos a mesma lingua.
Pode ser que em Novembro eu lhes vá mostrar coisas de que nem sequer suspeitam.
Pode ser...
Henrique
6 comentários:
Não os conheço, mas se soubessem a “inveja” que tenho…da possibilidade que eles, João e Sara, tiveram de mudar de vida (principalmente desta para aquela…), que lhes foi dada ou que procuraram, não interessa como, porquê, nem porque motivo. Agora uma coisa lhes peço, encarecidamente: aproveitem bem e não se esqueçam de que há centenas e centenas de almas sonhando com uma oportunidade semelhante, o que por si só, já os torna, aos olhos de muitos (meus incluídos), uns privilegiados.
O Lobito é sem dúvida uma linda cidade. A restinga é algo único e digno de ser apreciado e vivido, como eu vivi com alguns grandes amigos (finalistas do 5º.ano da Secção Liceal do Cubal, 71/72?), acampados no parque contíguo ao Lobito Sports Club onde, e muito bem, se almoçava e jantava, ou só jantava, naquela esplanada virada para a baía.
Quanto a Benguela (porque não dizes o nome?), é uma cidade sem comparação possível, porque é realmente, para mim, para ti e tantos outros, única. Esta cidade traz-me recordações, a maior parte delas associadas à sua beleza natural: as suas acácias, os morros, a praia morena...e o seu porta-aviões, aquele pontão onde eu pescava com fio, anzol e miolo de pão. Todas as praias próximas…e a praia do Alexandrino? Leva lá os nossos amigos. O velho liceu? Era na verdade lindo, mas, convém não esquecer o novo que tive a sorte de estrear e que era e é um edifício de grande categoria. Se puderes, para eles apreciarem algo de diferente, leva-os também ao Dombe Grande. Mostra e explica-lhes todas as transformações que o homem foi fazendo ao longo dos anos (muitos), criando essa cidade de Benguela, linda e um tanto adiantada no tempo, com as suas ruas e avenidas largas, pensadas para um futuro do qual fomos infelizmente afastados…
Agora, ao Cubal, é bom que eles nem se atrevam…aí, eu já não sei se aguento…só se forem mesmo, mas mesmo, acompanhados por ti…nesse caso, eu sei que também me vou sentir lá porque não vais esquecer os amigos, aqueles que como tu, gostam e muito daquela nossa terra.
Imbomdeiros? Por favor, não quero ver alguém posando ao lado de algum…Quero-os só p’ra mim!
No que respeita a falarem a mesma língua, não tenho a menor dúvida, porque Angola não se estranha…e entranha-se mesmo!
Um grande abraço
As maiores felicidades para os nossos amigos.
04Mar2009
FMartaNeves
Meu amigo.
Dizer o nome de Benguela para quê?
Quem não conhece não sabe o que perde. Quem conhece, sabe do que falo.
Bonito texto, como tudo o que escreves.Eu vou ao Cubal em Novembro, fica descansado. Devias ir também.
Um abraço.
NOTA: os amigos João e Sara, são o meu filho e a minha nora.
Henrique
Não vou proferir palavras circunstanciais, mas desejo para os teus o mesmo que para o meu.
Embora em pontos diferentes, partem e procuram coisas que não encontram no nosso país.
As razões são deles: ideológicas, novos conhecimentos ou novas oportunidades? Sei lá!
Será que também a hereditariedade genética dos avós se coloca nestes casos? ( Comigo, um ficou e o outro partiu)
Os teus partem para a nossa terra natal. Local conhecido por nós desde que nascemos, embora com lembranças mais longínquas (no meu caso).
Tenho a certeza de que quando lá voltares lhes vais mostrar coisas que eles não conhecem, acompanhadas de histórias contadas por ti com toda a sabedoria e paixão que tens pela nossa terra.
Felicidades para eles
Beijos
Tratando-se do teu filho e da tua nora, a coisa muda de figura.
Até já nem sinto tanta “inveja”…
Estão lá por direito próprio.
Tirem uma foto ao lado de um imbondeiro, na zona do Cubal, e mandem-ma, por favor.
Ah! Não se esqueçam da Caota, Caotinha, Baía Azul e do Alexandrino…na praia morena, cuidado com as calemas…, na baía do Lobito, atenção às alforrecas.
Estarão certamente por demais alertados para tudo o que de bom lá existe.
O mau, é mau em qualquer parte do mundo…mas, talvez menos por lá.
E hoje, também não há distâncias…
Desejo ao João e à Sara uma boa estada nessa linda terra, e que sejam felizes, muito felizes.
Um abraço.
FMartaNeves
Ao João e à Sara as maiores, as maiores felecidades. Que aprendam a amar aquela terra (não é difícil). Mas também lhes peço que não esqueçam esta que, creio, os viu nascer e que está sempre pronta a recebê-los.
Um grande abraço
Manel
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