É costume dizer-se que a passagem dos portugueses pelas ex-colónias foi diferente da de outros povos. Muita mestiçagem a comprovar isso.
E, tantas vezes se diz isso, que acaba por começar a parecer que é verdade!
Compro frequentemente livros antigos em alfarrabistas e muito frequentemente também, são livros sobre Angola. Veio-me ter às mãos, um livro sobre o Caminho de Ferro de Benguela, com provável datação de 1929 e, publicado com autorização do Conselho de Administração do C. F. B.. Aqui ficam alguns extractos desse livro.
...Os salões de primeira classe, com corredor lateral, comportam cinco compartimentos grandes e um compartimento pequeno, duas retretes, uma dispensa e varandas nas duas extremidades. O interior é de carvalho com guarnições em teca. Cada compartimento grande tem um lavatório de metal, cuja tampa constitue uma meza movel, cabides e redes para a bagagem. Todos os compartimentos teem campaínhas eléctricas cujo quadro indicador está instalado na despensa. Os salões de segunda classe, tambem com corredor lateral, comportam seis compartimentos grandes e um compartimento pequeno, uma retrete e varandas nas duas extremidades, iguais às da primeira classe. Cada compartimento grande pode comportar seis passageiros sentados ou seis deitados e tem mezas moveis com as disposições usuais.
As carruagens para os indígenas teem bancos fixos laterais e dois bancos longitudinais contiguos, moveis, ao centro. Tem retretes, torneiras com água para beber e uma varanda em cada extremidade.
Sobre o serviço de automoveis Angola a Katanga diz o seguinte nos regulamentos:
... não se transportam passageiros indígenas, excepto como creados, e isso apenas quando haja acomodação.
Sobre mão de obra diz o seguinte:
...Os indígenas de Angola são inteligentes e no Caminho de Ferro eles conseguem ser assentadores de linha, belos guardas de bombas de água, regulares artífices e bons telegrafistas. Há também alguns desempenhando funções de chefes de estação nos pontos menos importantes da linha.
Parece que afinal, aqui e ali, se vai vendo como fomos diferentes dos outros povos!
GED
Compro frequentemente livros antigos em alfarrabistas e muito frequentemente também, são livros sobre Angola. Veio-me ter às mãos, um livro sobre o Caminho de Ferro de Benguela, com provável datação de 1929 e, publicado com autorização do Conselho de Administração do C. F. B.. Aqui ficam alguns extractos desse livro.
...Os salões de primeira classe, com corredor lateral, comportam cinco compartimentos grandes e um compartimento pequeno, duas retretes, uma dispensa e varandas nas duas extremidades. O interior é de carvalho com guarnições em teca. Cada compartimento grande tem um lavatório de metal, cuja tampa constitue uma meza movel, cabides e redes para a bagagem. Todos os compartimentos teem campaínhas eléctricas cujo quadro indicador está instalado na despensa. Os salões de segunda classe, tambem com corredor lateral, comportam seis compartimentos grandes e um compartimento pequeno, uma retrete e varandas nas duas extremidades, iguais às da primeira classe. Cada compartimento grande pode comportar seis passageiros sentados ou seis deitados e tem mezas moveis com as disposições usuais.
As carruagens para os indígenas teem bancos fixos laterais e dois bancos longitudinais contiguos, moveis, ao centro. Tem retretes, torneiras com água para beber e uma varanda em cada extremidade.
Sobre o serviço de automoveis Angola a Katanga diz o seguinte nos regulamentos:
... não se transportam passageiros indígenas, excepto como creados, e isso apenas quando haja acomodação.
Sobre mão de obra diz o seguinte:
...Os indígenas de Angola são inteligentes e no Caminho de Ferro eles conseguem ser assentadores de linha, belos guardas de bombas de água, regulares artífices e bons telegrafistas. Há também alguns desempenhando funções de chefes de estação nos pontos menos importantes da linha.
Parece que afinal, aqui e ali, se vai vendo como fomos diferentes dos outros povos!
GED
Sem comentários:
Enviar um comentário