Vi hoje um filme.
Não do cinema Paraíso como diz o meu amigo Manuel. Um filme contemporâneo, com dois fantásticos actores: Morgan Freeman e Robert Redford. Chama-se Vidas Inacabadas e, fiquei absolutamente maravilhado. Uma história banal, com dois actores no seu melhor. Aconselho vê-lo. E o que é curioso é que o comprei completamente ao acaso. Já me tinha acontecido o mesmo com um outro: The Constant Gardner.
Ver cinema, coisa que eu faço amiúde, é em muitos casos vermo-nos a nós próprios, ou pelo menos, ver-nos como gostaríamos de ser, como gostariamos que o mundo fosse.
Logo depois, regressei à vida real, com mais um telejornal de horrores.
A morte bate-nos diáriamente à porta, enquanto jantamos calmamente e comentamos as atrocidades do dia, no Iraque por exemplo. Ninguém se dá realmente conta de que se trata de pessoas reais como nós, de tão habituados que estamos a ser confrontados com estas situações. Mas, são mesmo pessoas como nós, mulheres, homens, miúdos, com os mesmos problemas, tristezas e alegrias, doenças, problemas escolares.
Os miúdos andarão no futebol ou na natação ou riem felizes nos pátios das suas escolas.
E não se diga que são árabes, curdos, etíopes, somalis, educados para matar e morrer. Não é possível olhar para eles de outro modo, que não seja o mesmo com que olhamos para nós.
Não é só o aquecimento global que está a destruir este planeta. Por cada miúdo que morre a humanidade enfraquece.
Piegas eu?
Nem um pouco. Realista, humano e combatente contra a morte em todos os dias e horas da minha vida.
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