Com um ruído de fechar asas
 Pousou sereno no beiral da casa
 Absolutamente negro
 Temperado em forjas de luz
 Olhos de fogo fixos em mim
 Planou sobre o meu rio
 Observou atento, gestos e decisões
 Voou para o meu braço
 Cravando mansamente as garras
 Num tempo de encantamento
Redondo, cristalino, ficamos imóveis
Uma gota de sangue explodiu no chão
Duas asas negras
Elevaram voos, acima do horizonte
Nos rumos de outro beiral.
GED
3 comentários:
Muito bonito.
Zonguinha
Na verdade, muito muito bonito.
"Dapandula", Henrique!
Beijinhos
Alice Almeida
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