De repente, toda a gente desatou a fazer haikais.
E, sempre a um nível muito alto.
Desculpa lá Fernando, mas vão para a página da frente.
Amanhã terás que aturar a Maria de Lurdes, a dizer-te e com razão, que tens talento para dar e... vender. E, eu estou totalmente de acordo. A propósito, alguém viu o Manuel "Sampas"?
Grande abraço.
Henrique
Aconteceu cá
Desabrochar em Abril
Dar fruto por lá
Calor de Abril
Esta terra que te viu
Crescendo por lá
5 comentários:
Para o Manel
Um raio de luz
Esta terra que te vê
Projectado lá
Para o Henrique
Um raio de luz
Aconteceu em Abril
Reflectido lá
Para todos
Águas de Abril
Correndo para o mar
Passando por lá
Pois claro,o dr.Henrique tem razão.Muna-se de paciência e ature-me lá mais uma vez. Gosto dos seus poemas, da maneira como se exprime, até mesmo do aspecto gráfico, que também tem a sua importância. São diferentes,por exemplo, do poema "Sem margens" do dr.Henrique,que é mais denso, mais profundo, concita (bela palavra!) outra disponibilidade anímica do leitor; por isso,exige outra forma, mais adaptada ao conteúdo que lhe subjaz. Isto numa análise superficial, sem qualquer menosprezo pela poesia do Fernando. A propósito de poesia, para o comum dos cidadãos não é de esperar que homens de ciência se ocupem de "frioleiras" como espírito ou alma, coisas etéreas, indefiníveis, impossíveis de catalogação, já que estão vocacionados para um mundo em que os pés estão bem assentes e os factos que dissecam são palpáveis, susceptíveis de verificação ou experimentação. Já Alexis Carrell afirmava nunca ter encontrado a alma na ponta do seu bisturi. Da mesma maneira, um bancário é uma pessoa habituada a lidar com números, saldos de contas, dinheiros, coisas bem materiais, pouco consentâneas com anseios de alma, coisas inefáveis, indizíveis. Daí a minha admiração pela qualidade do que ambos escrevem, mesmo em prosa. É claro que se trata de pessoas preocupadas com valores de cidadania, gente pensante, de espírito aberto e dialogante, que aceita o confronto de ideias como algo de enriquecedor, de alma poética e pujante. Ambos escrevem coisas que vale a pena ler, com substância, com estilo, com sentido poético. Por isso, tenho de rebater a sua afirmação de que escrevo bem; limito-me a usar um léxico um pouco mais cuidado, o que não é mérito nenhum, pois sou professora de inglês e alemão, habituada portanto a lidar com as palavras. O que faço é apenas emitir opiniões (o que é de um pretenciosismo atroz) que não interessam a ninguém, sem nada dizer de relevante que faça o mundo pasmar de admiração.
Voltarei daqui a pouco.
Maria de Lurdes
Correspondendo à gentileza que teve em partilhar alguns dados pessoais, aqui vai também a minha biografia autorizada. E neste ponto levo-lhe vantagem, pois já pertenço ao grupo dos sexagenários (palavra horrível!), com 3 ou 4 kilos a mais. Se me permite o conselho, não se aflija com a idade, que a sociedade em geral menospreza. A idade faz-nos crescer intrinsecamente, dá-nos mais compreensão com as nossas fraquezas e as dos outros, faculta-nos outra postura perante a vida, enriquece-nos interiormente,dá-nos mais sabedoria e serenidade e maior clareza nas ideias. Torna-nos mais solidários, mas também mais críticos. A idade burila a forma como encaramos o quotidiano, torna-nos menos egoistas e só não digo que nos torna mais tolerantes, porque tolerância implica arrogância. (Isto é o que se diz para disfarçar a frustração de não se conseguir andar com o relógio para trás.)
Quanto aos seus defeitos, não está só.Eu tenho seguramente um saco cheio deles (outra vantagem (?) da idade). É curioso que não me ocorra nenhum agora (claro que estou a brincar). Alegre-se, porque os defeitos dão-nos uma dimensão humana. Talvez o meu maior defeito seja o não esquecer ou perdoar facilmente as ofensas ou a maldade gratuita dos outros. Por outro lado,dou um braço (metaforicamente falando) por um amigo. Céptica em política, comungo da sua desilusão com algumas pessoas, da sua tristeza perante o desrespeito pelo próximo, revolto-me com a ignorância e a estupidez e espanto-me com os inúmeros gananciosos, insaciáveis, autistas e estúpidos. Se o Fernando se sente insatisfeito, não lhe´dê isso preocupações, pois só os pobres de espírito se sentirão em beatitude. Espera D.Sebastião? Quase todos nós o esperamos. E quanto ao seu propalado mau feitio, não acredito. Quem se expõe como o Fernando, com sentido de humor e valorizando valores(passe a redundância)como a amizade, entre outros, não pode ter mau feitio, que é coisa de que eu não padeço, felizmente. Sou optimista inveterada e militante, defendo com garra as minhas convicções, mas estou sempre aberta a ouvir e a aceitar, se for preciso, as dos outros. Sou de sorriso e trato fáceis, apreciadora do Belo. Gosto de viajar. Sou de low profile (o dr. Henrique vai-se indignar com o anglicismo) e não me levo muito a sério, o que se vê logo em alguns dos vários parêntesis que semeio no que escrevo. Por exemplo, quando me referi aos escritores europeus que gosto de ler, as observações entre parêntesis foram nitidamente a rir-me de mim própria, o que se deve ao facto de valorizar o sentido de humor, que cultivo sempre que posso. A propósito, o nome com que o Fernando se identifica, Marta-seveN, soa a "Mata 7". Será que o seu pretenso mau feitio já o levou a cometer 7 homicídios? (veja lá a desfaçatez da pergunta! Claro que estou a brincar).Para mim, o humor é o sal que dá gosto às nossas vivências, com a vantagem de, ao contrário do cloreto de sódio, não causar hipertensão, excepto nos maxilares.
Voltarei mais tarde (o dr. Henrique vai com certeza sanear-me do blog, por excesso de verborreia).
Um abraço aos dois amigos.
Maria de Lurdes
Correspondendo à gentileza que teve em partilhar alguns dados pessoais, aqui vai também a minha biografia autorizada. E neste ponto levo-lhe vantagem, pois já pertenço ao grupo dos sexagenários (palavra horrível!), com 3 ou 4 kilos a mais. Se me permite o conselho, não se aflija com a idade, que a sociedade em geral menospreza. A idade faz-nos crescer intrinsecamente, dá-nos mais compreensão com as nossas fraquezas e as dos outros, faculta-nos outra postura perante a vida, enriquece-nos interiormente,dá-nos mais sabedoria e serenidade e maior clareza nas ideias. Torna-nos mais solidários, mas também mais críticos. A idade burila a forma como encaramos o quotidiano, torna-nos menos egoistas e só não digo que nos torna mais tolerantes, porque tolerância implica arrogância. (Isto é o que se diz para disfarçar a frustração de não se conseguir andar com o relógio para trás.)
Quanto aos seus defeitos, não está só.Eu tenho seguramente um saco cheio deles (outra vantagem (?) da idade). É curioso que não me ocorra nenhum agora (claro que estou a brincar). Alegre-se, porque os defeitos dão-nos uma dimensão humana. Talvez o meu maior defeito seja o não esquecer ou perdoar facilmente as ofensas ou a maldade gratuita dos outros. Por outro lado,dou um braço (metaforicamente falando) por um amigo. Céptica em política, comungo da sua desilusão com algumas pessoas, da sua tristeza perante o desrespeito pelo próximo, revolto-me com a ignorância e a estupidez e espanto-me com os inúmeros gananciosos, insaciáveis, autistas e estúpidos. Se o Fernando se sente insatisfeito, não lhe´dê isso preocupações, pois só os pobres de espírito se sentirão em beatitude. Espera D.Sebastião? Quase todos nós o esperamos. E quanto ao seu propalado mau feitio, não acredito. Quem se expõe como o Fernando, com sentido de humor e valorizando valores(passe a redundância)como a amizade, entre outros, não pode ter mau feitio, que é coisa de que eu não padeço, felizmente. Sou optimista inveterada e militante, defendo com garra as minhas convicções, mas estou sempre aberta a ouvir e a aceitar, se for preciso, as dos outros. Sou de sorriso e trato fáceis, apreciadora do Belo. Gosto de viajar. Sou de low profile (o dr. Henrique vai-se indignar com o anglicismo) e não me levo muito a sério, o que se vê logo em alguns dos vários parêntesis que semeio no que escrevo. Por exemplo, quando me referi aos escritores europeus que gosto de ler, as observações entre parêntesis foram nitidamente a rir-me de mim própria, o que se deve ao facto de valorizar o sentido de humor, que cultivo sempre que posso. A propósito, o nome com que o Fernando se identifica, Marta-seveN, soa a "Mata 7". Será que o seu pretenso mau feitio já o levou a cometer 7 homicídios? (veja lá a desfaçatez da pergunta! Claro que estou a brincar).Para mim, o humor é o sal que dá gosto às nossas vivências, com a vantagem de, ao contrário do cloreto de sódio, não causar hipertensão, excepto nos maxilares.
Voltarei mais tarde (o dr. Henrique vai com certeza sanear-me do blog, por excesso de verborreia).
Um abraço aos dois amigos.
Maria de Lurdes
Voltei pela última vez esta semana (Uff! Já não era sem tempo - suspirais vós), apenas para sugerir alguma música, bálsamo eficaz contra a depressão (os profissionais de medicina, em vez de fármacos,poderiam talvez passar a prescrever aos pacientes, para algumas patologias, mais poesia ou outra literatura, cujos efeitos secundários seriam certamente muito menos nocivos), a saber, entre inúmeras outras hipóteses:
- "The very best 1999-2000", de Sarah Brightman; excelente música, voz cristalina, celestial.
- "A collection", de Josh Groban; belíssima música, voz incomparável.
- "Making movies", dos Dire Straits; inesquecíveis, para amantes de música dos anos 60/70/80
- A tetralogia "O Anel do Nibelungo", do portentoso, genial mas insuportavelmente arrogante Richard Wagner.
Curiosamente, vi na noite de domingo na RTP2 uma entrevista fascinante de Paula Moura Pinheiro a Paolo Pinamonti, director artístico do S.Carlos até há 2 anos, cargo de que foi "expulso" num processo à portuguesa. Nessa entrevista ele referiu-se ao "Anel" e disse uma coisa curiosa: que não há semana em que os jornais italianos não se refiram elogiosamente a Portugal (quem diria!), sublinhando a convivência harmoniosa entre a modernidade do país (Casa da Música, Expo, etc.) e a tradição.
Já que o Fernando compõe músicas e faz variações, ouça o "Anel", mas para o apreciar condignamente é necessário um conhecimento prévio do libreto, como aliás para qualquer outra ópera. Após a audição, que tal uma variação de sua autoria sobre uma das árias?
Um abraço aos dois amigos.
Maria de Lurdes
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