Recebi esta notícia sob a forma de email, enviado pelo Karipande a quem agradeço.
Coreógrafa defende reformulação do sistema de ensino no país
29/04/2008
A coreógrafa Ana Clara Guerra Marques defendeu sábado, em Luanda, a necessidade de se rever o sistema de ensino da modalidade artística da dança, com o intuito de a tirar da fase de estagnação em que se encontra actualmente e impulsionar a sua evolução e divulgação.
A propósito do estado actual da dança em Angola, a coreógrafa avança que, apesar de não estar na «estaca zero», se não se rever as metodologias de ensino das danças, tornando-o mais eficaz, haverá muitos problemas, tendo em conta a evolução que se vem registando a nível mundial. Não obstante «o grande esforço» feito pelos profissionais que leccionam na Escola Nacional de Dança, adianta, há muito caminho por andar, exigindo mudanças nos métodos de ensino empregues actualmente, por, no seu entender, já não irem de encontro com as inovações que se aplicam no mundo moderno das danças.
«Se queremos ver evoluções na dança, temos que mudar muita coisa no processo de ensinamento. Temos que nos adequar aos novos métodos modernos, fazendo com que os bailarinos e coreógrafos aprendam cada vez mais e façam cada vez mais coisas novas e boas para a dança», defendeu.
Reconhece existir muito por se fazer. «Não estamos na estaca zero, mas acho que se não se rever a forma de ensino das danças vamos ter muitos problemas. Há que preparar artistas, bailarinos, coreógrafos para mudar a imagem actual e isto só se conseguirá através de um ensino eficaz», disse.
Segundo a coreógrafa, o grande entrave à evolução e maior projecção da dança em Angola prende-se com o facto de se dar pouca atenção às danças tradicionais e populares, um facto que, no seu entender, faz com que se coloque de lado a cultura tradicional do país.
«Não podemos olhar simplesmente para as danças modernas, há que dar-se espaço e tempo ao tradicional, um elemento essencial para a afirmação dos angolanos, da identidade nacional. Temos potencialidades em todos os sentidos, nesta altura é apenas necessário que se dê maior atenção ao que temos dentro da nossa cultura», realça.
Sem formação não haverá pessoas para pensar e desta forma evoluir, fazendo e dando à dança a abrangência que ela precisa e que tem nos outros países, sustenta. «Já vão os tempos em que as pessoas que fizeram história na dança em Angola se preocupavam com a formação artística, procurando maior evolução, não só individual como também colectiva, fazendo com que a dança tivesse maior visibilidade no país e no estrangeiro», apontou.
«É muito importante o aspecto formativo, porque sem formação não temos profissionais, não temos pessoas para pensar e reflectir sobre os problemas da dança. É necessário que se aprenda outros itens para que se possa praticá-la sem problemas».
Considera que muitos grupos desapareceram ou estão em vias de desaparecer pelo facto de os seus responsáveis e integrantes não terem dado grande importância à vertente formativa. Angola possui uma Escola Nacional de Dança, instituição adstrita ao Instituto Nacional de Formação Artística do Ministério da Cultura.
Fonte: JA
Coreógrafa defende reformulação do sistema de ensino no país
29/04/2008
A coreógrafa Ana Clara Guerra Marques defendeu sábado, em Luanda, a necessidade de se rever o sistema de ensino da modalidade artística da dança, com o intuito de a tirar da fase de estagnação em que se encontra actualmente e impulsionar a sua evolução e divulgação.
A propósito do estado actual da dança em Angola, a coreógrafa avança que, apesar de não estar na «estaca zero», se não se rever as metodologias de ensino das danças, tornando-o mais eficaz, haverá muitos problemas, tendo em conta a evolução que se vem registando a nível mundial. Não obstante «o grande esforço» feito pelos profissionais que leccionam na Escola Nacional de Dança, adianta, há muito caminho por andar, exigindo mudanças nos métodos de ensino empregues actualmente, por, no seu entender, já não irem de encontro com as inovações que se aplicam no mundo moderno das danças.
«Se queremos ver evoluções na dança, temos que mudar muita coisa no processo de ensinamento. Temos que nos adequar aos novos métodos modernos, fazendo com que os bailarinos e coreógrafos aprendam cada vez mais e façam cada vez mais coisas novas e boas para a dança», defendeu.
Reconhece existir muito por se fazer. «Não estamos na estaca zero, mas acho que se não se rever a forma de ensino das danças vamos ter muitos problemas. Há que preparar artistas, bailarinos, coreógrafos para mudar a imagem actual e isto só se conseguirá através de um ensino eficaz», disse.
Segundo a coreógrafa, o grande entrave à evolução e maior projecção da dança em Angola prende-se com o facto de se dar pouca atenção às danças tradicionais e populares, um facto que, no seu entender, faz com que se coloque de lado a cultura tradicional do país.
«Não podemos olhar simplesmente para as danças modernas, há que dar-se espaço e tempo ao tradicional, um elemento essencial para a afirmação dos angolanos, da identidade nacional. Temos potencialidades em todos os sentidos, nesta altura é apenas necessário que se dê maior atenção ao que temos dentro da nossa cultura», realça.
Sem formação não haverá pessoas para pensar e desta forma evoluir, fazendo e dando à dança a abrangência que ela precisa e que tem nos outros países, sustenta. «Já vão os tempos em que as pessoas que fizeram história na dança em Angola se preocupavam com a formação artística, procurando maior evolução, não só individual como também colectiva, fazendo com que a dança tivesse maior visibilidade no país e no estrangeiro», apontou.
«É muito importante o aspecto formativo, porque sem formação não temos profissionais, não temos pessoas para pensar e reflectir sobre os problemas da dança. É necessário que se aprenda outros itens para que se possa praticá-la sem problemas».
Considera que muitos grupos desapareceram ou estão em vias de desaparecer pelo facto de os seus responsáveis e integrantes não terem dado grande importância à vertente formativa. Angola possui uma Escola Nacional de Dança, instituição adstrita ao Instituto Nacional de Formação Artística do Ministério da Cultura.
Fonte: JA