Amigo
O que vou deixar aqui, em jeito de abertura, de agradecimento também, não é muito. É um soltar de dentro.
Tem a ver com o dia 4 de Janeiro. Há muitos anos foi o dia que fumei um charuto, um "cohibas" e bebi um trago de uma garrafa de champanhe da Ukrânia que me trouxe o meu amigo, vizinho e confidente, Shahen Mnassakanian. Era assim o costume, dizia ele, chorando como eu nunca vi. Junto com ele tinham vindo os meus colegas, meus amigos e companheiros de muitas viagens: José António e Orestes Pimienta.
Depois de termos passado juntos a passagem de ano daquele longínquo 82, vieram quando eram 8:00h naquele velho hospital de nome Simão Mendes. Tinha nascido mais um guineense, desta vez fruto de um internacionalista, como eu me intitulava, nascido no Lobito e uma portuguesa, ainda mais internacionalista, mais angolana do que da Figueira da Foz.
Era a segunda vez que eu experimentava aquela alegria incontida. Um rapaz ( como dizia o Orestes, de cojones negros!) deste vez, como convinha a quem já tinha uma rapariga, nascida na Ganda e registada no Lubango e batizada em Benguela.
Quis o destino a este jovem, a quem demos um nome guineense, não lhe ser favorável. Nem a nós que o perdemos. Também em Bissau, no Simão Mendes, a escassas dezenas de metros do local onde nascera, um ano e meio depois, tendo junto a nós os mesmos amigos, chorando desta vez de dor: Shahen, José António, Orestes mas desta vez juntava-se-lhes Alex, Dulce Borges minha amiga e chefe e o meu colega e vizinho Djawara.
Precisava escrever isto hoje. Amanhã não teria o mesmo significado. Aqui no sítio deste amigo do Cubal.
Um abraço Henrique. Desculpa ter abusado.
Caro Sá Pinto: não há qualquer abuso, esta é a tua casa. Obrigado pela partilha de coisas tão intimas.
Um abraço
GED
O que vou deixar aqui, em jeito de abertura, de agradecimento também, não é muito. É um soltar de dentro.
Tem a ver com o dia 4 de Janeiro. Há muitos anos foi o dia que fumei um charuto, um "cohibas" e bebi um trago de uma garrafa de champanhe da Ukrânia que me trouxe o meu amigo, vizinho e confidente, Shahen Mnassakanian. Era assim o costume, dizia ele, chorando como eu nunca vi. Junto com ele tinham vindo os meus colegas, meus amigos e companheiros de muitas viagens: José António e Orestes Pimienta.
Depois de termos passado juntos a passagem de ano daquele longínquo 82, vieram quando eram 8:00h naquele velho hospital de nome Simão Mendes. Tinha nascido mais um guineense, desta vez fruto de um internacionalista, como eu me intitulava, nascido no Lobito e uma portuguesa, ainda mais internacionalista, mais angolana do que da Figueira da Foz.
Era a segunda vez que eu experimentava aquela alegria incontida. Um rapaz ( como dizia o Orestes, de cojones negros!) deste vez, como convinha a quem já tinha uma rapariga, nascida na Ganda e registada no Lubango e batizada em Benguela.
Quis o destino a este jovem, a quem demos um nome guineense, não lhe ser favorável. Nem a nós que o perdemos. Também em Bissau, no Simão Mendes, a escassas dezenas de metros do local onde nascera, um ano e meio depois, tendo junto a nós os mesmos amigos, chorando desta vez de dor: Shahen, José António, Orestes mas desta vez juntava-se-lhes Alex, Dulce Borges minha amiga e chefe e o meu colega e vizinho Djawara.
Precisava escrever isto hoje. Amanhã não teria o mesmo significado. Aqui no sítio deste amigo do Cubal.
Um abraço Henrique. Desculpa ter abusado.
Caro Sá Pinto: não há qualquer abuso, esta é a tua casa. Obrigado pela partilha de coisas tão intimas.
Um abraço
GED
2 comentários:
Lindíssimo texto Jorge e ouvindo o Rui Mingas mais significativo se tornou. Um grande abraço.
Gostei de passar aqui
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