Pomposamente assim se
intitulam os habitantes dos EUA. Seria bom se fosse verdade e se o "american way
of life" fosse algo do qual se pudessem orgulhar.
Quem lá vive não tem qualquer
apoio em termos sociais. Não estuda se não tiver dinheiro ou alguma bolsa para
o efeito.
Em matéria de assistência na
doença, não tem da parte do estado qualquer ajuda. Ou tem seguros bem
volumosos, ou vai parar a um hospital de indigentes. Há alguns anos, durante
uma conferência (já não me lembro sobre o quê), fui visitar a Cleveland Clinic.
Um verdadeiro luxo tanto em termos de atendimento, como em termos tecnológicos.
No mesmo dia fomos brindados com uma visita ao hospital dos Veteranos. Foi
difícil de acreditar que estava no mesmo país. O hospital em causa, nem no
terceiro mundo estaria bem.
Não se percebe, pelo menos para
um europeu, que a única tentativa de criar algo que se assemelhasse a um
Serviço Nacional de Saúde (Obamacare), tenha fracassado até aos dias de hoje.
Todos sabemos, até porque isso é
retratado à exaustão em inúmeros filmes, que os pais têm que ter um excelente
seguro dentário, e que têm de poupar para enviar os filhos para a faculdade.
Todos sabemos dos milhões de
desempregados que existem, num número tendencialmente progressivo, na “maior
economia do mundo”.
Também todos sabemos, que a
indústria, tecnologia e o conhecimento no geral é feito através de gente não
americana que vem das mais diversas partes do mundo.
A única coisa genuinamente
americana, é a insensatez de acharem que têm que policiar o mundo, inventando
guerras “de libertação”, atrás de guerras, “oferecendo” democracias em países
que não são o seu . É preciso alimentar a indústria militar. Aquilo que não
dizem é que nunca ganharam qualquer guerra. Uma apenas. Coreia, Vietnam, Síria,
Líbia, Afeganistão, Somália, Iraque. Nem mesmo em Cuba conseguiram qualquer
resultado com as constantes sanções aplicadas. Do confronto com a América
Latina, até ao momento ganharam apenas mais inimigos. Onde foram, saíram sempre
pela porta baixa sem nenhum orgulho, além daquele de terem destruído aquilo que
não lhes pertence.
E, nem sequer a “guerra” contra
os carteis de droga, tem mostrado resultados positivos. Literalmente é o país
onde o consumo de drogas é mais alto.
Em tempo de direitos humanos,
porque é que ninguém fala do extermínio da Nação India? E da guerra norte-sul,
que ainda hoje continua mais viva que nunca? Em pleno século XXI, as diferentes
raças que lá vivem, enfrentam problemas sérios de direitos e de segurança.
Que moral tem essa gente, para se
atrever a intrometer-se na vida de outros povos? Poderão sentir-se livres, mas
é estranho para quem está do lado de fora, e como dizia Amália, que estranha
forma de vida.