NOITE VERTICAL: 11.11.11

sexta-feira, novembro 11, 2011

11.11.11

Às 11 horas de hoje alguém me disse que parasse porque era um momento único na vida, irrepetível.
Parei, claro.
Mas na verdade não são todos os momentos, momentos únicos e irrepetíveis?
Pelas melhores e piores razões, mas são.

GED

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LIVROS QUE VALE A PENA LER

Apenas a minha opinião!
"O PORTUGUÊS QUE NOS PARIU". Civilização Editora. Angela Dutra de Menezes
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"A AVÓ 19 E O SEGREDO DO SOVIÉTICO". Ondjaki

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"A HORA DA ESTRELA". Clarice Lispector
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"MANDELA"
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"LAVOURA ARCAICA". Raduan Nassar
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"OS MAIAS". Eça de Queirós
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"O LIVRO DOS RIOS". Luandino Vieira
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"ESSA GENTE". CHICO BUARQUE

OS LIVROS QUE VOU LENDO

A HORA DA ESTRELA - CLARICE LISPECTOR
Este livro atordoou-me inesperadamente. Primeiro porque de algum modo me fez lembrar Luandino, no manejar da lingua. Depois porque é um livro intemporal, escrito com uma ternura imensa. Maca pode ser qualquer um de nós. Ainda porque, parece uma premonição de alguém que sabe que vai enfrentar a morte, e o faz de cabeça levantada.
Sobretudo porque é de uma simplicidade devastadora e isso revela uma alma que já depurou tudo o que havia para depurar. Gostei muito.
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O AFRICANO - LE CLÉZIO
Foi sobretudo um desapontamento. Uma visão de África que não partilho. Bem escrito sem dúvida, mas com alma de ocidental. Na verdade, percebeu a tempo que o africano era o pai. Não se é africano por gosto. Tem de se sentir, de ter a magia entranhada na pele, naturalmente. Tem de se acreditar em cazumbis e sentir que África é a nossa casa, o nosso lar.

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LAVOURA ARCAICA - RADUAN NASSAR
Li-o demasiado depressa. Tem demasiadas portas e janelas para desvendar. Parece aquelas bonecas russas, que sempre têm mais dentro, por mais que se vá aprofundando. Nada é o que parece. Tenho de relê-lo com calma. Um fascínio.
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VERMELHO AMARGO
Adorei lê-lo, todo de uma vez. Livro de descontos, contagem decrescente. Depuração permanente até não restar mais nada. Um fascínio.

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ESSA GENTE - CHICO BUARQUE

O quotidiano devassado, como pano de fundo perceptivel apenas, o panorama geopolítico de um país permanentemente adiado. Romance, amargura, solidão, espremidas até doer de verdade.