Aos meus amigos, que me deram recados, apenas posso dizer que fiquem descansados. Entreguei-os pessoalmente.
Ao fim de alguns dias de lá estar alguém me perguntou: afinal, como achas o país?
Acho-o melhor. Não vou discutir as graves distorções sociais, a corrupção e todos os problemas inerentes. Também não vou fingir que ao fim de quinze dias sou um "expert". Conto apenas o que vi. Por onde andei, vi um país virado do avesso em obras de reconstrução. A rede viária está a caminho de ficar boa. O movimento de mercadorias é tremendo. Não vi pessoalmente, mas as fotos que me mostraram do Huambo em reconstrução, são increditáveis. Vão lá e vejam.
Não fui ao Cubal, pois não tive nem tempo nem oportunidade, mas estou como o meu amigo Manel, que me pediu várias coisas, mas que não trouxesse nada do Cubal, invocando que o Cubal estava todo no seu coração, sem qualquer falha.
Andei pelos matos, fui ao Lubango e ao Cunene profundo. Por picadas exactamente iguais às de antigamente. Aí estive com amigos e trataram-me como um princípe. O Cunene é de uma beleza inacreditável. O que me impressionou mais foi o silêncio. Total e absoluto. Nunca tinha experimentado nada assim. Andei na peugada dos elefantes, sem nunca lhes ter posto a vista em cima. A cereja em cima do bolo, foram as tremendas chuvadas só possíveis em África. Nuvens negras e muito gordas, despejando-se num ritmo alucinado.
Conheci novos amigos. Em Luanda pude finalmente dar corpo, voz e principalmente olhar a pensamentos que já conhecia.
Regresso, com data já marcada para voltar. Combinei com os meus amigos, regressar ao Cunene e passar uns dias num dos últimos paraísos da terra. Ali mesmo ao lado, no Botswana, num lugar mítico chamado delta do Okavango.
GED
3 comentários:
Henrique, pelo texto vejo que a estadia foi proveitosa equancionando o regresso. Já se sentia a tua falta aqui. Um abraço.
Henrique:
Pela conversa, estiveste com o meu companheiro de aventuras Fernando "Nani" Puentes da Silva...Caaama.
Um abraço.
Jorge Sá Pinto
Gostei de te ter conhecido. Agora... sobre as estradas, hum... Estivemos conversados.
Beijo
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