quarta-feira, maio 30, 2007

PORTUGAL E O FUTURO

Em tempos foi publicado um livro com este título, que ajudou a mudar os destinos deste país.
Agora, estamos de novo numa encruzilhada e não se vislumbra qual o caminho a percorrer.
Tudo aponta para que o futuro estável, de qualquer país e particularmente o nosso, passe por uma maior qualificação de toda a gente, melhor dizendo, por uma preparação mais cuidada e por um ensino digno desse nome.
É possível que o Ministério, esteja a fazer um bom trabalho. Mas também é possível que esteja a ver a árvore sem ver a floresta. Eu explico.
Há vários actores neste ramo, dois dos quais são os progenitores e os estudantes própriamente ditos. E aí as coisas vão de mal a pior.
No tempo de fascismo (leve-o o diabo), os professores eram encarados sériamente, diria mesmo com veneração e não me lembro de alguém se atrever a fazer mal a um professor. Talvez porque no tempo fascista era assim ( embora também o fosse nos países civilizados ), agora tem-se vindo a renegar isso como se de um acto aviltante se tratasse. Claro que nos países civilizados, os professores continuam a ser encarados como sempre!
Aqui, os professores são maltratados por toda a gente, sem cuidarem de perceber que estão a hipotecar o futuro dos filhos. Até há psicólogos, que avaliam os estragos que os malditos professores provocam nas criancinhas!!!
Os outros actores vão pelo mesmo caminho. Há dias, falando com um amigo meu ( por acaso doutorado em Inteligência Artificial ), constatamos que o ensino de hoje em dia pretende ser lúdico. Aprender com prazer.
Não sei onde foram buscar este chavão, mas a verdade é que dá frutos.
O que se constata, transversalmente ( desde a pré-primária, até à faculdade ), é que logo que o ensino deixa de ser lúdico e começa a dar um pouco de trabalho, já ninguém gosta (nem pais nem filhos), os professores são uns bandidos e lá vem o psicólogo ou semelhante, dizer que os meninos vão ficar com marcas psicológicas para a vida inteira.
Os checos, polacos, bulgaros, franceses, belgas, espanhóis, etc, que não têm psicólogos, nem se detêm muito sobre estas questões, vão rápidamente explicar aos portugueses, cá em Portugal, a razão de irem ficando à frente nos concursos, que hão-de vir cá disputar legalmente, pois estamos todos nos E. U. da Europa. Depois, venham dizer que há muitos diplomados no desemprego...

sexta-feira, maio 11, 2007

PAZ?

Então façam o favôr de ler, o que está aí em baixo - a data é de 25/04/2007 e tem patrocinio da Petrobras
25/04/2007 - 9:42
Livro Retrato da Paz registra história de Angola

Pula” é a forma como o angolano se refere ao branco português. A alcunha carregada de agressividade, resquício do ressentimento pelos colonizadores que exploraram as riquezas naturais da região durante quatro séculos, tem rapidamente o tom hostil substituído por largo sorriso quando o sotaque é brasileiro. O visitante vira convidado.

Foi assim, convidados e também se convidando, que os jornalistas paranaenses Leandro Taques e Julio César Lima, fotógrafo e repórter, se infiltraram por 40 dias em meio à população de Angola no final de 2006 para produzir o livro O Retrato da Paz, recém-lançado em Curitiba e com previsão de chegar a São Paulo e Rio nos próximos meses. Com patrocínio da Petrobras, os dois jornalistas percorreram 6,5 mil quilômetros das 18 províncias que compõem o país, para contar em textos e fotos as histórias do recente pós-guerra angolano.

Encontraram homens feridos por milhares de minas que ainda ocupam a maior parte do território de Angola e impedem o desenvolvimento da agricultura local; viram de perto a miséria que assola o país; visitaram cidades dizimadas pelos combates de três décadas e presenciaram acima de tudo a vontade da reconstrução. “O clima é de arregaçar as mangas. A sensação é de que todos estão unidos para construir um futuro de paz e não deixar mais se repetir a história das últimas gerações”, comentou Taques em entrevista exclusiva ao Estado
.
Este é um dos inúmeros mails que me mandam.
O Brasil é inquestionávelmente, um país fantástico. Tem recursos económicos, intelectuais, culturais que o tornam um dos países mais avançados do mundo. Seria por isso de muito mau gosto, inferir que a enorme quantidade de prostituição que nos chega, vinda de lá, representa todos os brasileiros.
Posso no entanto dizer que também lá existem atrasados mentais e, pior do que isso, gente que não se coíbe de dizer seja o que for para ganhar uns cobres e ter alguma notoriedade.
Branco português, explorador, hostil. Este "escritor", de uma penada, limpou séculos de história e pior do que isso, ignorou toda a luta de resistência dos angolanos (negros, brancos, azuis, amarelos etc.). Ignorou que os angolanos e portugueses circulam livre e pacatamente entre os dois países e se assim o quiserem, aí vivem calmamente sem ter que se preocupar com conceitos que há muito ambos os povos ultrapassaram. Ele sim demonstra um racismo primário, básico.
As minas ocupam ainda a maior parte do território de Angola? Ora aí está uma coisa que eu não sabia. Também não vou explicar ao dito senhor o que se passa, pois ele passou aí um ror de tempo e, portanto deve estar muito bem informado.
Miséria que assola o país? Estamos a falar do Sudão, da Etiópia? Eu viajei milhares de quilómetros, com atenção ao que me rodeava. Há inúmeros problemas para resolver, tarefa ciclópica num país tão grande, mas miséria? Não vi. O que vi, no planalto central e na ligação Luanda-Lobito, foram lavras imensas de milho, mandioca, batata doce, fruta aos trambolhões, muito gado, galinhas, porcos, cabritos.
Não me foi dado ver gente a explodir de fome, ou na miséria como se diz.
É caso para dizer e perdoem-me o vernáculo. Pula que pariu.
GED

segunda-feira, maio 07, 2007

ALBIE SACHS

ANC. ÁFRICA DO SUL. ALBIE SACHS

Faz sentido lembrar.
Albie Sachs, advogado sul-africano branco, defensor destacado dos Direitos Humanos nos tribunais, militante do ANC, preso, exilado, professor de Direito na Universidade de Southampton, e depois, na Universidade de Maputo, onde viveu dez anos, autor de vários livros, era por tudo isto, um dos principais alvos.
Acabou por ser atingido por um atentado, e por ficar entre a vida e a morte e gravemente mutilado.

Já agora leiam na integra a história deste homem: "A suave vingança de um combatente da liberdade".

GED