segunda-feira, junho 28, 2021

À PROCURA DA FELICIDADE

Todos nós, literalmente todos, gostariamos de ser felizes.

Estranhamente, multidões incontáveis fazem de tudo para que isso não aconteça.

Em vez de se preocuparem com o grande desígnio das coisas, vivem enredados em pequenos problemas, em sofismas que inventaram no passado, e qual pescadinha de rabo na boca, voltam fielmente a esses pequenos temas de um modo diário.

O passado é isso mesmo. Já passou, bem ou mal, e é preciso coragem e discerrnimento para aproveitar dele as coisas boas que aconteceram. O passado é a nossa fonte de ensinamentos. Com essa experiência, podemos ir corrigindo tudo aquilo que correu menos bem. È a nossa pegada quando olhamos para trás. Viver congelado naquilo que poderia ter sido, é apenas mais uma forma de auto flagelação e de falta de coragem para seguir em frente.  

O INFINITO NUM JUNCO



Para quem por aqui passa, apenas um conselho. Não deixem para amanhã. Comprem esse livro e verão que valeu a pena. 

quinta-feira, junho 17, 2021

XYAMI

 

No meu país

Há mulheres preparando meninos

Seiva da vida na busca dos seus futuros

Costurando incessantemente o sonho

E as estrelas soltando-se das fogueiras

No meu país

Há muitas crianças brincando de roda

Um dia vão segurar a bandeira que subiu

Que os pais a duras penas ergueram

Nesta nossa terra vermelha que nos pariu

No meu país

Dobram-se cacimbos nas savanas a leste

Piam pássaros, ainda sonolentos

Na casa do meio, meninas  anunciam a manhã

Não há distancias, caminha-se com os ventos

No meu país

Cheira a tacula vermelha em todos os cabelos

O caminhar das mulheres tem ritmo de dança

Há poetas, carpinteiros, zungueiras e pastores

Batalhando, porque quem porfia sempre alcança

No meu país

Há panos coloridos, mangas,  animais selvagens

Sabores, cheiros , sons, terra vermelha, silêncio

Cacimbos e tambores batucando mensagens

E rios de transportar a esperança de todos nós


quinta-feira, junho 10, 2021

ALICERCES



Enfrentar sozinho a rocha cega e surda

Ser selvagem sempre que a corrente é forte

Ou ter a sensibilidade da savana em flor

 E o cheiro da tacula em todos os cabelos

Não há nada a esconder

Poder dar a cada coisa o nome correcto

Renegar todas as palavras sem sentido

Qualquer bolero é de verdade um bolero

Mesmo que estejamos mais sós que nunca

Ainda assim, só assim

É possível colocar pedras nos alicerces do mundo