segunda-feira, abril 22, 2013

RAFA NO SEU MELHOR


DIA DA TERRA

Em 2013, o tema do Dia da Terra que se celebra hoje, 22 de abril, é “O Rosto das Alterações Climáticas”, sendo dados a conhecer exemplos deste fenómeno global por todo o mundo, bem como o que está a ser feito para o combater.
O Dia da Terra foi celebrado pela primeira vez nos Estados Unidos em 1970, por iniciativa do senador Gaylord Nelson. O governante pretendia, através da mobilização social, introduzir os problemas ambientais na agenda política, sendo o evento identificado como a origem do movimento ambientalista moderno.
Em 1990, Denis Hayes, responsável pela coordenação do primeiro Dia da Terra nos EUA, tornou o evento mundial, tendo em 1993 sido fundada a Earth Day Network (EDN), uma rede internacional de suporte às iniciativas cívicas de celebração do Dia da Terra. Atualmente, esta organização coordena as atividades comemorativas do Dia da Terra em 192 países onde, através de mais de 22.000 parceiros, mobiliza mais de mil milhões de pessoas.
Em 2013, ano em que o Dia da Terra volta a ter como tema as Alterações Climáticas, a EDN convida à submissão, através do seu website, de imagens que evidenciem como se estão a fazer sentir as Alterações Climáticas em diferentes partes do globo e de iniciativas em curso para mitigar o fenómeno.
Mostrando como o degelo no Ártico está a diminuir o habitat do urso-polar e as cheias e ciclones afetam a disponibilidade de água potável no Bangladesh e, simultaneamente como alguns empreendedores estão criar uma economia verde e milhões de pessoas adotam um estilo de vida sustentável, a EDN pretende demonstrar aos líderes políticos a necessidade de agir e o caminho a seguir.

quarta-feira, abril 17, 2013

CDC ANGOLA LUTA POR SISTEMA DE ENSINO ARTÍSTICO EM DANÇA




Contando com duas décadas de história e muito trabalho, a Companhia de Dança Contemporânea de Angola foi fundada pela sua actual directora Ana Clara Guerra Marques. Criada com o propósito de divulgar a dança contemporânea dentro e fora de Angola, a companhia tem apresentado de forma regular espectáculos. No entanto, Ana Clara Marques lamenta a inexistência de espaços, meios e equipamentos adequados, em Angola, para a apresentação dos seus trabalhos. Os apoios financeiros são também parcos. A qualidade do trabalho da CDC Angola é reconhecida além-fronteiras e as solicitações para actuar no estrangeiro continuam a surgir.

Em entrevista ao VerAngola, a bailarina e coreógrafa recorda a história da companhia, os trabalhos
realizados, as expectativas, os anseios e as dificuldades passadas para manter a dança contemporânea viva em Angola.
A Companhia de Dança Contemporânea de Angola é a única companhia profissional de dança no País. Quando surgiu e qual tem sido o seu percurso?
A Companhia de Dança Contemporânea de Angola (CDC Angola) surge na continuidade de um longo processo com início nos anos 80, enquanto eu era directora da Escola de Dança. A ideia era formar um grupo experimental, com os alunos mais adiantados da Escola para que o público, a sociedade, pudesse perceber quer os propósitos de uma escola de formação em dança, quer uma outra vertente da dança, a vertente artística. Todavia, todas as propostas que, insistentemente, enviei à consideração superior durante cerca de 10 anos foram negadas até ao ano de 1991. Nesta altura com a Irene Guerra Marques, como directora da Direcção Nacional de Formação Artística e Cultural, e com a Ana Maria de Oliveira, como Ministra da Cultura, o projecto foi, finalmente, aceite e fundámos o Conjunto Experimental de Dança (CED). Com o CED tivemos uma série de apresentações e introduzimos novas estéticas e novas formas de espectáculo como, por exemplo, a utilização de espaços não convencionais. Em 1993 foi aprovada, oficialmente, por despacho do Ministério da Cultura, a passagem de conjunto experimental para Companhia de Dança Contemporânea, com a qual desenvolvemos todo um trabalho pioneiro de sensibilização e desenvolvimento da dança enquanto linguagem artística.
Quem são os fundadores da CDC Angola?

Comigo, foram membros co-fundadores do CED (posteriormente CDC), em 1991, a Vanda Nascimento (professora da Escola e bailarina), o Waldemar Tadeu Bastos (aluno avançado da Escola e bailarino), o João Paulo Costa (aluno avançado da Escola e bailarino) e o Rui Tavares (fotógrafo da CDC Angola).
Com que objectivos foi criada a CDC Angola?

O principal objectivo era, e continua sendo, divulgar e promover a dança contemporânea em Angola através da experimentação e da criação de autor, à procura de diferentes linguagens e vocabulários para a dança angolana. A este, está sempre subjacente a intenção de despertar a sensibilidade da sociedade e de educar o gosto do público, incentivando as pessoas à apreciação estética e estimulando a sua opinião crítica, através de espectáculos, projectos pedagógicos, projectos artísticos de âmbito social, seminários, oficinas e aulas regulares dirigidos aos diversos tipos de público (profissionais ou amadores, adultos ou crianças).
A Dança Inclusiva foi entretanto, por nós, introduzida em Angola, sendo hoje um dos nossos focos importantes a demonstração da possibilidade de integração de indivíduos portadores de deficiências físicas e outras na qualidade de bailarinos.
Qual foi o primeiro espectáculo apresentado pela CDC Angola?

O primeiro espectáculo que a CDC, ainda CED, apresentou intitulava-se “A Propósito de Lweji”. Teve lugar no dia 27 de Dezembro de 1991, no Teatro Avenida que, entretanto, foi derrubado. Tratava-se uma peça que marcou também o encerramento da Escola de Dança por falta de condições de funcionamento. A sua principal inspiração foi o mito da fundação do império Lunda e a escultura cokwe. Mas a primeira peça original criada foi “Mea Culpa” na qual se discutiam alguns tabus relacionados com a Igreja.
Ao longo dos anos, que espectáculos apresentou já a CDC Angola?

Já vai sendo longa a lista de trabalhos originais criados pela Companhia, bem como as suas apresentações. Mais de uma centena de espectáculos foram já apresentados com trabalhos como “A Propósito de Lweji” (1991), “Corpusnágua” (1992), “Mea Culpa” (1992), “Solidão” (1992), “1 Morto e os Vivos” (1992), “5 Estátuas para Masongi” (1993), “Imagem e Movimento” (1993), “Palmas, Por Favor!” (1994), “Os Címbalos dos Mudos” (1994), “Uma Frase Qualquer” (1994), “Introversão Versus Extroversão” (1995), “Neste País - Se não fosse a guerra...éramos todos (a) normais e 4 para 5” (1996), “Uma Frase Qualquer...e Outras (Frases)” (1997), “Os Quadros do Verso Vetusto” (1999), “Oratura… dos Ogros… e do Fantástico” (2008), “Peças para uma Sombra iniciada e outros Rituais mais ou Menos” (2009), “O Homem que chorava sumo de Tomates” (2011) e “Paisagens Propícias” (2012 / 2013).


quinta-feira, abril 11, 2013

COMUNIDADE?

Ela espanhola e ele português.
Decidiram casar-se. Ela trabalha no nosso país, e ambos acharam que casar era uma coisa fácil. Dois cidadãos da comunidade europeia, não haveria de haver problemas.
Nada mais falso.
Começaram por ser chamados à polícia, para um duro interrogatório, não fosse tratar-se do caso de ser um casamento de conveniência, para aquisição de nacionalidade. Depois, uma infinidade de papéis pela frente, mas lá conseguiram o dito matrimónio.
 
Afinal a comunidade é uma miragem, mas isso já todos sabíamos.
Mas os vigaristas, todos os vigaristas daqui e os outros no parlamento europeu, insistem em dizer-nos que somos europeus, que devemos ter laranjas e preservativos e impostos e batatas e sei lá que mais, padronizados pelas medidas europeias. Que o preço das coisas têm de estar em linha com os outros países, bem nem tudo porque os ordenados não têm que estar em linha.
Experimentem comprar um carro no país ao lado e verão logo o que é a comunidade europeia.
Eu pessoalmente nunca acreditei nesta ideia bizarra de uma Europa para os europeus.