Este assunto não é pacífico, nunca foi. E se pensarmos na imensidão de portugueses que estão violentamente contra, e se pensarmos que Angola e Moçambique não ratificaram o acordo, e se pensarmos...
Na verdade, pessoalmente sempre defendi a liberdade da lingua portuguesa evoluir nos diversos países, das mais variadas formas, e sempre defendi que se podiam incorporar umas nas outras naquilo que vão produzindo de melhor.
Este acordo é uma prisão e um ultraje a todos nós que falam a lingua portuguesa nos quatro cantos do mundo. Nenhum brasileiro, português, moçambicano, guineense, S. Tomense, caboverdiano, timorense, deveria sentir-se orgulhoso desta desfaçatez.
Pior do que isso. Ter de ouvir um Presidente da República proferir dislates a propósito disso, é o espinafre em cima do bolo.
Na verdade, na sua recente visita a Timor, declarou públicamente que embora os discursos oficiais fossem segundo o acordo ortográfico, como cidadão continuava a usar o português pré acordo.
A minha pátria é também a minha lingua, e eu não quero de todo emigrar para um país do qual não gosto.