segunda-feira, janeiro 26, 2009

PLANETA TERRA

"Qualquer homem como eu tem quatro avós.
Esses quatro, por força, dezasseis.
Sessenta e quatro a estes contareis
em só três gerações que expomos nós ( ... ).
Se um homem dá tanto cabedal,
dos descendentes seus, que farão mil?
Uma província?
Todo o Portugal? (*)
Por esta conta, amigo, ou nobre ou vil,
sempre és parente do Marquês de Tal,
e também do porteiro Afonso Gil."

(*) No caso das nossas famílias: "o planeta Terra?

Alguém por piada, mandou-me este email, há alguns meses.
Não liguei muito, mas a verdade é que de vez em quando estas palavras me vinham à cabeça!
Se contarmos com as infindáveis gerações e respectivas permutas, acabamos por ser todos família. Palestinianos, israelitas, afegãos, americanos, chineses, russos, africanos e por aí adiante.
O conhecimento absoluto do genoma humano irá dizer-nos isso.
Preciso de realçar a estupidez e o caos em que estamos mergulhados, inutimente?
GED

terça-feira, janeiro 20, 2009

RETRATAÇÃO

Pousava aqui e ali,
O meu querido amigo.
Anda, vem lá para aqui,
Vem ter connosco, comigo.
Que se passa? Diz! Amigo.
O que se passa contigo?
Sei agora o motivo…
Estavas a ensaiar o voo,
P'ra voar de vez um dia.
Estavas tu a ensaiar…
Voar…nunca mais voltar.
E a gente, não sabia…

Fernando Marta

Nota: este belíssimo poema, que me toca tão profundamente, foi-me enviado por um amigo de longa data, dos tempos do Kaparandanda. Agradeço-lhe.

segunda-feira, janeiro 12, 2009

MUKANDA

Embaciados, ardem-me os olhos
De tanto que já viram
Ainda me servem os sapatos
Com que reinvento o chão
Um dia deixarei de dançar
As danças há muito aprendidas
Mas não hoje
Atrevo-me em novos passos
No eterno baile da vida
O meu rumo é sempre sul
O primeiro chão que pisei
Onde estão os meus imbondeiros
Areias douradas e o mar azul
Desembrulho os meus sonhos
Neste tempo longo de esperar
Revejo tantos quartos vazios
Na casa da minha vida
Um dia deixarei de dançar
Em cima da linha do horizonte
Mas não hoje
Tempo de kissanges e batuques
De saltar e levantar poeira
Arrastar amigos nesta vertigem
Aprender mais uma vez a viver
Sem anunciar preconceitos
Apenas a minha caixa de madeira
Cheia de todos os meus sonhos
Um dia deixarei de dançar
Esta eterna valsa entre continentes
Mas não hoje

GED

quarta-feira, janeiro 07, 2009

CONVITE

A Pwo envia este convite, que eu como outros amigos desejamos publicitar o mais possível.
Caros amig@s
Convido-vos a estar presentes no lançamento do meu livro "Para uma História da Dança em Angola: Entre a Escola e a Companhia - Um Percurso Pedagógico", que terá lugar na Casa de Angola (Travessa da Fábrica das Sedas, nº 7 - Entre o Largo do Rato e a Mãe de Água), na cidade de Lisboa, no dia 15 de Janeiro, pelas 18.30H.
A apresentação estará a cargo da escritora angolana Ana Paula Tavares.
Um abraço esperando vê-los lá.
Ana Clara

terça-feira, janeiro 06, 2009

FAIXA DE GAZA

Começou muito mal o Ano Novo.
Não gosto particularmente mais dos árabes que dos judeus. Ambos têm uma história que não me atrai para nenhum dos lados.
Para além de ser preocupante, que morram pessoas dos dois lados, que apenas são cidadãos comuns vivendo no local errado há outras preocupações que são enormes sinais de alarme.
Israel tem agenda temporal. Parece que tem que terminar isto antes da tomada de posse do novo presidente americano. Por outro lado calha bem agora que estão em ano de eleições. Que coisa melhor se pode mostrar aos compatriotas? O governo preocupa-se com eles!
Verdadeiramente alarmante é o facto da Liga Árabe não conseguir chegar a um acordo.
Alarmante, é o facto da famosa União Europeia se perder em declarações vazias dos vários dirigentes, sem que se vislumbre um rumo que ponha fim ao conflito.
Alarmante, é o facto da ONU não conseguir o mínimo consenso para terminar imediatamente este conflito.