quarta-feira, março 12, 2008

CUNENE

Claro que estive no Cunene, com o meu (nosso) amigo Nani.
Uma verdadeira enciclopédia no que diz respeito ao conhecimento do terreno e suas plantas.
Uma agitação interior, que chega a ser comovente.
Apenas um desejo: estar nos matos, e um dia morrer aí.
Na solidão e na largura daquela zona, consegui compreender o que me tentou sempre dizer.
Como ele, alimentei-me dos silêncios absolutos, que aquelas matas encerram.
Há muito que não via céus tão cheios de estrelas. Sem qualquer poluição a interpor-se. Vi constelações há muito esquecidas.
Só não consegui ver os elefantes, embora tenha tentado.


GED

domingo, março 09, 2008

REGRESSO



Aos meus amigos, que me deram recados, apenas posso dizer que fiquem descansados. Entreguei-os pessoalmente.

Ao fim de alguns dias de lá estar alguém me perguntou: afinal, como achas o país?
Acho-o melhor. Não vou discutir as graves distorções sociais, a corrupção e todos os problemas inerentes. Também não vou fingir que ao fim de quinze dias sou um "expert". Conto apenas o que vi. Por onde andei, vi um país virado do avesso em obras de reconstrução. A rede viária está a caminho de ficar boa. O movimento de mercadorias é tremendo. Não vi pessoalmente, mas as fotos que me mostraram do Huambo em reconstrução, são increditáveis. Vão lá e vejam.
Não fui ao Cubal, pois não tive nem tempo nem oportunidade, mas estou como o meu amigo Manel, que me pediu várias coisas, mas que não trouxesse nada do Cubal, invocando que o Cubal estava todo no seu coração, sem qualquer falha.
Andei pelos matos, fui ao Lubango e ao Cunene profundo. Por picadas exactamente iguais às de antigamente. Aí estive com amigos e trataram-me como um princípe. O Cunene é de uma beleza inacreditável. O que me impressionou mais foi o silêncio. Total e absoluto. Nunca tinha experimentado nada assim. Andei na peugada dos elefantes, sem nunca lhes ter posto a vista em cima. A cereja em cima do bolo, foram as tremendas chuvadas só possíveis em África. Nuvens negras e muito gordas, despejando-se num ritmo alucinado.
Conheci novos amigos. Em Luanda pude finalmente dar corpo, voz e principalmente olhar a pensamentos que já conhecia.
Regresso, com data já marcada para voltar. Combinei com os meus amigos, regressar ao Cunene e passar uns dias num dos últimos paraísos da terra. Ali mesmo ao lado, no Botswana, num lugar mítico chamado delta do Okavango.

GED

Red Velvet Mite

Henrique,
Pelas saudades e boas recordações que nos trazem, permite-me ampliar o nosso amigo Red Velvet Mite.
Porque as suas origens são pouco conhecidas, aqui fica um complemento:
Velvet MitePhylum: Arthropoda / Subphyum: Chelicerata / Class: Arachnida / Subclass: Acari / Superorder: Acariformes / Order: Actinedida / Suborder: Parasitengona / Superfamily:Trombidioidea / Family: Trombidiidae (Velvet Mites)
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A presença do Veludo vermelho é extremamente importante para o meio ambiente. São parte de uma comunidade de artrópodes do solo que é crítica em termos de taxas de decomposição em florestas e na manutenção da estrutura de todo o ecossistema. Alimentam-se de insectos, fungos e bactérias, estimulando a decomposição do processo.
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Continuamos a aguardar, com expectativa, as tuas histórias da viagem à Terra Amada!
Abraço
Ruca

quarta-feira, março 05, 2008

REGRESSO


Regressei!
Amanhã darei conta de tudo.
No entretanto, há quanto tempo, não vêm um bichinho destes ?
Um abraço

GED